Dilma está no topo de líderes decepcionantes em votação da revista Fortune

A presidente Dilma Rousseff (PT) figura na primeira colocação de uma votação interativa da revista Fortune entre os líderes mais decepcionantes do mundo em 2015. Ameaçada pelo impeachment, Dilma tem 10 vezes mais votos do que o segundo colocado do ranking. A enquete foi difundida entre apoiadores da saída da presidente no Brasil, o que fez disparar o número de votos contra a petista.

O ranking foi aberto na última quinta (30) e chegou ao conhecimento de brasileiros críticos da presidente, que votaram em massa contra Dilma. A lista é baseada em outra reportagem da Fortune, que já colocava Dilma entre os 19 líderes mais decepcionantes do mundo. Sem ranking e também publicada na última quinta, a lista original aparece com Dilma Rousseff citada por último.

"Rousseff foi uma prisioneira política durante 21 anos no regime militar brasileiro. Agora, a presidente enfrenta um possível impeachment dos legisladores da oposição que querem tirar ela por alegações de que mascarou o crescente deficit da nação – e a pior recessão em uma geração – ao manipular as contas do governo", afirma a revista, que também cita os casos de corrupção, a indicação do ex-presidente Lula (PT) como ministro da Casa Civil e a epidemia de zika.

Na votação interativa feita a convite da revista para os leitores, Dilma já tem mais de 70 mil votos. Na segunda colocação, aparece o norte-americano Rick Snyder, governador de Michigan, que foi envolvido no escândalo da crise de água da cidade de Flint , quando moradores ingeriram água contaminada com chumbo após intervenções governamentais.

A posição número três do ranking popular é ocupada pelo ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, e pelo ex-presidente da Uefa, Michel Platini, expoentes do escândalo de corrupção que assolou o futebol em 2015. Em dezembro do último ano, ambos foram suspensos do futebol por oito anos.

A revista Fortune é a mesma que apontou o juiz federal brasileiro Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, na 13ª colocação entre os líderes mais influentes da atualidade por seu desempenho à frente das investigações.