Militantes anti-Dilma se dividem sobre possíveis sucessores da presidente
Acampados no Parque da Cidade de Brasília, à espera da votação da Câmara no próximo domingo (17), militantes de grupos pró-impeachment têm opiniões divergentes sobre o que deve ser feito se a presidente Dilma Rousseff for destituída do cargo.
"Neste momento nosso foco é lutar pela aprovação do impeachment, mas eu sou intervencionista", afirma a empresária catarinense do ramo hoteleiro Dileta Correia Silva, 47. Militante do grupo União Patriótica, a mãe de dois filhos diz acreditar que somente uma intervenção militar "faria a limpeza necessária que a política brasileira precisa e só depois teríamos novas eleições".
Ela se diz ser contrária a um eventual governo Temer. Votaria para presidente, se tivesse oportunidade, no deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
"Já eu votaria no senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Por ele ser um grande ruralista", afirma o agricultor Francisco Abrunhosa, 44. Ao ser perguntado sobre um eventual futuro pós-Dilma ele se limita a responder: "Tem que deixar o juiz Sergio Moro trabalhar", declara o militante do grupo Avança Brasil.
Umas das líderes do acampamento, sempre a segurar uma bandeira brasileira, Dileta afirma que as diferenças ideológicas entre mais de 100 pessoas que estão local são suprimidas pela "união de forças em busca de um objetivo maior."
Já o empresário do ramo imobiliário Luciano Coelho, 38, escreve várias faixas contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio. Ele apoiaria o atual vice-presidente Michel Temer se ele chegasse a comandar o governo. "Precisamos dar um tempo para ver se ele arruma as coisas, mas não podemos sair das ruas", diz o militante do grupo Resistência Popular.
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