PMDB escolhe ex-ministro de Dilma para disputar presidência da Câmara
A bancada do PMDB decidiu ter candidatura própria à presidência da Câmara e o deputado Marcelo Castro (PI) foi o nome escolhido em votação realizada na manhã desta terça-feira (12) pela bancada do partido.
Castro foi escolhido com 28 votos, contra 18 votos de Osmar Serraglio (PR), em disputa interna que foi para o segundo turno.
O lançamento da candidatura de Castro representa mais uma divisão na eleição da Câmara na base do presidente interino, Michel Temer (PMDB), e um racha com o chamado "centrão", bloco informal de 13 partidos da base, como PSD, PP, PR e PTB.
Apesar de o centrão possuir ao menos seis candidaturas formalizadas, o apoio do PMDB era visto como importante para conseguir eleger o deputado apontado como favorito, Rogério Rosso (PSD-DF). Lideranças do grupo partidário estavam trabalhando para reduzir o número de candidatos e, assim, favorecer Rosso.
Apoio do PT
Contribuiu para a vitória de Castro o fato de ele poder agregar votos do PT e de partidos da antiga base de Dilma Rousseff, já que o deputado votou contra o processo de impeachment da presidente afastada. Castro foi ministro da Saúde no governo Dilma.
Na segunda-feira (11), a bancada do PT havia decidido não apoiar candidatos que votaram a favor do impeachment. A eleição para a presidência da Câmara ocorre com voto secreto.
Questionado se irá pedir o apoio do PT, Castro respondeu que irá "pedir o apoio dos 512 deputados", mas que poderá contar com o apoio da oposição. "Não existe nenhum acordo com ninguém, eu tenho telefonado para todos indistintamente. É evidente que quem quer ser candidato tem que se articular porque são 28 partidos. Por isso pedi que todos trabalhem incansavelmente."
Participaram da eleição interna no PMDB, além de Castro e Serraglio, os deputados Carlos Marun (MS) e Fábio Ramalho (MG). Apesar da decisão da bancada de apoiar Castro, Ramalho informou que vai manter sua candidatura.
O PMDB possui a maior bancada da Câmara, com 66 deputados, e era visto como o partido que poderia decidir a disputa entre os diversos candidatos já apresentados de partidos da base de Temer.
Com a candidatura própria, o partido tenta se aproveitar da dispersão dos votos do "centrão" para conseguir permanecer no comando da Câmara, onde esteve até o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato, em maio, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Foi a renúncia de Cunha ao cargo, na última semana, que levou à realização de novas eleições.
Rogério Rosso chegou a classificar o resultado da disputa como “imprevisível” por causa do número de candidatos. Onze deputados já haviam formalizado a candidatura até a manhã desta terça, sendo apenas uma deputada, Luiza Erundina (PSOL-SP), de partido de oposição ao governo interino. (*Com Estadão Conteúdo)
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