Na Paulista, Lindbergh agradece a Temer e diz: "está parecendo Collor"
Presente em ato contra o impeachmente, realizado na avenida Paulista, em São Paulo, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ironizou a declaração do atual presidente Michel Temer (PMDB) dada aos jornalistas na China, na última sexta (2), quando minimizou os protestos que ocorreram diariamente em São Paulo e questionou: "as 40 pessoas que quebram carro?".
"Eu quero agradecer a ele porque ajudou a convocar esta grande manifestação em São Paulo com a declaração. Está parecendo o Collor em 92, que pediu para o povo ir de verde e amarelo e o povo foi de preto. Eu quero agradecer a este golpista", disparou Lindbergh.
A cidade de São Paulo teve atos diariamente desde a última segunda e todos terminaram com repressão da polícia e cenas de vandalismo. Outras manifestações também foram feitas em todas as regiões do Brasil.
Já Fernando Collor ajudou a impulsionar seu próprio impeachment em 1992 ao convocar "todo o Brasil" em pronunciamentos a ir às ruas com as cores da bandeira do país, em uma tentativa de demonstrar que os que pediam sua saída era minoria. O povo, contudo, usou preto em protesto que aumentou a pressão sobre seu governo.
Neste domingo, os organizadores contabilizavam mais de 50 mil pessoas por volta das 17h. A avenida Paulista contava com manifestantes por toda a extensão, com maior concentração na área do Masp, entre a praça do Ciclista e a avenida Brigadeiro Luis Antônio. Lindbergh diz que o povo não sairá da rua.
"A palavra é Diretas Já. Nós não vamos sair da rua enquanto o Temer não sair do Planalto", afirmou o senador.
Outro político presente ao ato, Eduardo Suplicy (PT) discursou ao fim do ato, no Largo da Batata, e exigiu que o povo seja consultado sobre novas eleições.
"Temer disse que só uns poucos gatos-pingados estavam protestando. Dezenas de milhares desceram da Paulista até aqui. Ele quer pacificar o país, então a nossa sugestão é que convoque para 2 de outubro, na eleição para prefeito e vereador, uma consulta se o povo quer ou não que ele permaneça. Se a maioria do povo disser que não quer, que ele então convoque eleições livres e diretas", pediu o ex-senador.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.