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Ciro xinga Weintraub e Damares e diz que Guedes é "ruim" e não conhece o BR

Reprodução
Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL

04/11/2019 17h27

Ciro Gomes segue "afiado" nas críticas ao governo de Jair Bolsonaro. Convidado de hoje do programa Pânico, da rádio Jovem Pan, o político do PDT falou sobre o que, segundo ele, faz do governo uma "péssima" gestão, além de xingar alguns integrantes da cúpula do atual presidente.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) mais uma vez foi vítima dos ataques de Ciro. Ele voltou a chamar o filho do presidente de "tolete de esquerdo".

Ciro atacou o ministro da Economia, Paulo Guedes, além de xingar os ministros da Educação, Abraham Weintraub, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

"O governo é dividido em três grupos. Tem um grupo mais racional, que é liderado pelo Guedes. Eu discordo dele profundamente porque ele não conhece o Brasil. Ele acabou de dar uma declaração dizendo que o pobre gasta tudo que ganha e o rico é que poupa. Um cara desses não sabe nada sobre o Brasil. Ele tem uma racionalidade, mas completamente anacrônica, vencida, mofada", declarou o candidato derrotado no primeiro turno da última eleição presidencial.

"O outro núcleo, os militares. São apaixonados por cartão corporativo, carrão preto e acharam que iam tutelar o Bolsonaro... O Bolsonaro está usando eles. Por exemplo, esse menino dele [Eduardo Bolsonaro], o tolete de esterco, propõe o AI-5 porque eles acham, francamente, que estão no comando das Armas no Brasil. E nós temos que dar uma lição para eles que quem comanda as Armas no Brasil é a Constituição Federal", disse Ciro.

"E o terceiro grupo é o 'trem da alegria'. O 'circo dos horrores'. Esse Weintraub é um idiota. Essa maluca da Damares é uma imbecil. O Relações Exteriores é um canalha", criticou, antes de voltar a atacar o ministro da economia.

"Paulo Guedes é ruim. Economia é assunto da produção e do trabalho. Guedes é do 'rentismo'. Eu faria tudo diferente do Paulo Guedes. A questão fiscal, por exemplo. Falta dinheiro para tudo. Você tem as menores taxas de investimento para tudo. Ela está parada. Como eu resolveria? Anota aí: déficit de R$ 130 bilhões, mas se nós cobrássemos o imposto sobre lucros e dividendos de grandes corporações empresariais, que o mundo todo cobra. Todo mundo sabe disso. Eu já cobrei isso como ministro da Fazenda. Fernando Henrique [Cardoso] revogou, e o Lula manteve revogado. Isso arrecada até R$ 70 bilhões", completou.

Fanatismo político

Ciro Gomes também falou a respeito do momento "polarizado" e "fanático" pelo qual, segundo ele, passa a política brasileira.

"Quando a gente examina o assunto no Brasil, você tem um barulho que vem do Lulopetismo fanático. O Lula pode fazer o que quiser, eles explicam, defendem, está tudo certo. E o Bolsonarismo fanático também. Mas isso, felizmente, são minorias que estão definhando. O que há hoje é um imenso grupo de brasileiros que está disperso, assustado, meio que em pânico, porque a crise é tão violenta, tem tantas caras, tantos rostos, que o povo só pode olhar para a política. E a política, como adjetivo, virou esse pardieiro de pilantra, ladrão, bandido, mentiroso, para ficar no mínimo. Então, repare bem, veja a tragédia brasileira. Por isso, estou tão acelerado na luta para construir um caminho novo para o Brasil", opinou.