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Caso Marielle

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Ciro diz que é "grave" relacionar Bolsonaro ao assassinato de Marielle

Ciro Gomes (PDT) defendeu que investigação do assassinato de Marielle seja federalizada - Kleyton Amorim/UOL
Ciro Gomes (PDT) defendeu que investigação do assassinato de Marielle seja federalizada Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

30/10/2019 17h37

O ex-candidato à presidência da República, Ciro Gomes afirmou que apesar de conhecidas as relações da família Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro é "explosivamente grave" estabelecer uma relação com o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Ciro deu a declaração hoje em uma entrevista ao jornalista Fábio Pannunzio, em seu canal do Youtube.

O político lembrou que, no Rio de Janeiro, Flavio Bolsonaro votou contra a CPI das milícias e o próprio Bolsonaro fez uma homenagem aos milicianos no Congresso. Segundo Ciro, esses fatos provam as conexões entre a família e os criminosos.

Contudo, ele disse que o presidente não pode ser "condenado" por isso. "Eu quero que o Bolsonaro pague pelas contas que ele tiver. Mas quando a gente começa a gostar de fraude ao estado de direito democrático porque aquilo alcança o adversário, vc na verdade violenta o princípio que vem contra você", garantiu.

Ciro também advogou que as investigações sobre o assassinato de Marielle, a partir de agora, sejam conduzidas pelo STF, já que o nome de Bolsonaro foi citado por uma testemunha.

Bolsonaro não tem condições morais de presidir o Brasil

Apesar de defender a preservação de Bolsonaro antes da conclusão das investigações, Ciro não poupou críticas ao presidente. Segundo ele, "Bolsonaro não tem condições morais de presidir o Brasil" e não deve terminar o mandato, o que seria uma "tragédia", já que o governo seria assumido pelo vice, Hamilton Mourão.

"Bolsonaro não tem preparo para isso [ser presidente]. Ele não tem treinamento, nunca foi prefeito, não sabe o que é o constrangimento ou impopularidade. O jeito que ele falou [na live de ontem] parecia um louco, um idiota. E pior, um louco sem assessoria", disse.

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