Haddad: PT foi cauteloso sobre impeachment por crime de responsabilidade
Fernando Haddad, candidato do PT nas eleições presidenciais de 2018, afirmou que o partido foi cauteloso antes de propor um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro (sem partido). Em 21 de maio, a sigla se uniu a PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e outros movimentos de esquerda para apresentar um pedido de impedimento do presidente.
Haddad afirmou que o PT queria ter certeza de existência de crime de responsabilidade para mover o processo. Segundo o ex-prefeito de São Paulo, o partido foi "vítima" no processo de impeachment que resultou na saída da ex-presidente Dilma Rousseff.
"A preocupação do PT foi com a caracterização do crime de responsabilidade. Não queríamos ser o primeiro a protocolar, não tínhamos pressa para aparecer mais oposição do que já somos. O PT não precisa aparecer como oposição. Há forças políticas que precisam se precipitar em função de demarcação de campo, mas não é o caso do PT. Não tínhamos pressa, tivemos a cautela de ouvir advogados para saber se estava ou não caracterizado o crime de responsabilidade na forma da Constituição", disse o petista em participação na edição desta quarta-feira (10) do UOL Entrevista.
"Não quero que o impeachment seja realizado sem que esteja caracterizado na Constituição. Fomos vítimas disso e não queremos que alguém seja vítima disso no futuro. Nós paramos, avaliamos junto aos juristas se havia caracterização e só então entramos com o pedido. Fomos o 31º ou 32º pedido e não tínhamos pressa. Queríamos uma peça muito bem instruída para que não houvesse dúvida de que não tínhamos interesse nenhum que não fosse o respeito à Constituição."
*Participaram da produção deste texto Diego Henrique de Carvalho, Gabriela Sá Pessoa, Emanuel Colombari, Gustavo Setti e Bruno Madrid
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