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Após operação da PF, CPI da Covid adianta depoimento do governador do AM

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) será ouvido pela CPI da Covid no dia 10 de junho - Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) será ouvido pela CPI da Covid no dia 10 de junho Imagem: Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

02/06/2021 12h35

A CPI da Covid decidiu antecipar para o dia 10 de junho o depoimento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), previsto anteriormente para o dia 29 deste mês.

A mudança no cronograma deve-se à operação da PF (Polícia Federal) realizada hoje que investiga desvios de recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia da covid-19 no estado. Lima é um dos alvos da ação ao lado do secretário estadual de Saúde, Marcellus Câmpelo.

Mais cedo, o presidente da comissão havia afirmado que a operação não mudava o cronograma de depoimentos. Mas ao final da manhã os senadores mudaram de ideia. O novo cronograma divulgado hoje, antes da mudança na data de Lima, trouxe uma novidade: depoimentos agendados também às sextas-feiras.

Serão ouvidos o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no dia 8; Marcos Eraldo Arnoud Marques, conhecido como Markinhos Show, que foi assessor especial do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello, no dia 10.

Outro depoimento agendado é o do secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, em 15 de junho. O ex-governador do Rio de janeiro Wilson Witzel será ouvido no dia 16. No dia 17 de junho, será a vez de o empresário Carlos Wizard falar à CPI. Senadores da comissão suspeitam que o empresário integra um "gabinete paralelo" de aconselhamento do governo em assuntos relacionados à pandemia da covid-19.

Já o representante da White Martins, empresa que fornece de oxigênio a unidades hospitalares de todo o país, Paulo Baraúna, irá responder às perguntas de senadores no dia seguinte.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.