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TV: PF pede prorrogação de inquérito que investiga Bolsonaro por vazamento

Do UOL, em São Paulo

06/10/2021 09h58Atualizada em 06/10/2021 13h48

A PF (Polícia Federal) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prorrogação do inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela divulgação de dados sigilosos de um inquérito policial. As informações são da Globonews.

Após receber o pedido, o ministro da Corte Alexandre de Moraes pediu para que a PGR (Procuradoria-Geral da República) opine sobre a extensão do prazo. O despacho foi assinado no dia 30 de setembro.

Trata-se de manifestação da autoridade policial, por meio da qual 'considerando a expiração do prazo de permanência do presente inquérito em sede policial e havendo necessidade de prosseguimento da apuração', solicita novo prazo (...) Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação quanto aos requerimentos mencionados Trecho de despacho do ministro Alexandre de Moraes

Procurada pelo UOL, a assessoria do STF informou não ter informações por se tratar de um inquérito sigiloso. Já a PF informou que não comenta inquéritos em andamento.

Em agosto, Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais informações de investigação da Polícia Federal sobre um ataque hacker sofrido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2018. O objetivo era tentar corroborar sua tese de que houve fraude nas eleições de 2018. As informações compartilhadas por ele, no entanto, não provam fraude.

Dias depois, Moraes aceitou a notícia-crime do TSE contra o presidente pela divulgação de dados sigilosos. O ministro também atendeu ao pedido do TSE para investigar o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado da PF Vitor Neves Feitosa, que era o responsável pelo inquérito que foi divulgado por Bolsonaro nas redes sociais.

Na ocasião, Moraes também enviou um ofício a Facebook, Twitter e o Telegram para que os posts contendo as informações sigilosas fossem excluídos. Ele ainda determinou que o delegado fosse afastado e pediu ao diretor-geral da Polícia Federal para que abrisse um procedimento disciplinar para apurar os fatos.

O TSE já se manifestou diversas vezes reiterando que as urnas eletrônicas no Brasil são seguras e auditáveis e que desde sua adoção, não há indícios de fraude ou irregularidades em eleições.

No mês de agosto, em uma derrota para Bolsonaro, a Câmara dos Deputados rejeitou proposta que pretendia incluir um módulo de voto impresso ao lado das urnas eletrônicas a partir das eleições de 2022.