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Bolsonaro diz que não ficou isolado na Itália e erra nome de quem o recebeu

Do UOL, em São Paulo

03/11/2021 15h40Atualizada em 03/11/2021 22h26

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou hoje ter ficado isolado na Itália, onde esteve nos últimos cinco dias para participar de uma cúpula do G20, mas errou o nome e o cargo de quem o recebeu, o senador Matteo Salvini. Ao relatar o encontro com o político, Bolsonaro o chamou de "Salvati".

"Também teve lá, pessoal, o Salvati, acho que foi primeiro-ministro da Itália, é senador agora, ele estava lá", narrou o presidente a apoiadores mais cedo. Salvini foi vice-primeiro-ministro entre 2018 e 2019, mas não chegou a exercer o cargo.

Essa não foi a única troca de nomes feita pelo presidente. Ontem, ele confundiu o enviado especial dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry, com o ator e humorista Jim Carrey.

Salvini é líder do partido italiano de ultradireita Liga Norte, e se posicionou como principal apoiador do presidente Jair Bolsonaro durante a visita ao país europeu. Eles se encontraram no último domingo em Pistoia, na região central da Itália, para homenagear os brasileiros mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Durante a reunião, o italiano chegou a se desculpar pelos protestos contrários a Bolsonaro que aconteceram no país.

"Peço desculpas ao povo brasileiro representado por seu presidente pelas polêmicas, inclusive no momento de lembrança daqueles que perderam suas vidas defendendo nosso país e o libertando da ocupação nazista", lamentou Salvini em entrevista.

A aproximação de Salvini com Bolsonaro é vista como uma forma de o senador italiano recuperar sua popularidade entre os ultranacionalistas italianos. A Liga Norte de Salvini tem perdido espaço para o FdI, que se coloca como a mais tradicionalista das siglas.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.