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Pazuello volta a defender medicamentos sem eficácia comprovada contra covid

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

21/07/2020 16h14

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a defender o tratamento precoce para covid-19 com medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente, como a hidroxicloroquina. A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva concedida hoje no Rio Grande do Sul.

Pazuello afirmou que o médico é "soberano" na indicação do tratamento adequado para cada paciente.

"Avaliamos o que deu certo e o que não deu certo, mudamos várias orientações, alteramos protocolos e hoje podemos resumir da seguinte forma: o tratamento ideal é o tratamento precoce", disse. "Ficou com sintomas, procure imediatamente uma unidade básica ou estrutura hospitalar. Foi encaminhado para o médico, ele vai examiná-lo, vai fazer o diagnóstico. Se é diagnosticado com covid, receba a prescrição de medicamentos. O médico é soberano, vai dizer o que é mais adequado para cada um. Receba ou compre, tome os medicamentos e se Deus quiser, você vai ficar bom."

De acordo com Pazuello, trata-se de uma orientação e não de um protocolo. Ele citou medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, que não têm comprovação científica de eficácia contra a doença causada pelo novo coronavírus.

"O ministério fez uma orientação clara, não é um protocolo e nem uma diretriz. Apresenta quais são os medicamentos que estão sendo utilizados, quais estão dando resultados e qual a melhor dosagem e momento desse uso. Temos a hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina listadas, e cabe ao médico prescrever qual é o medicamento adequado naquela fase e para aquele paciente", afirmou.