Suécia convoca embaixador equatoriano para explicar asilo de Assange
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Miguel Medina/AFP
Julian Assange
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A Suécia convocou nesta quinta-feira (16) o embaixador equatoriano em Estocolmo para pedir explicações sobre as acusações de parcialidade de seu governo feitas contra a Justiça sueca, após decisão de Quito de conceder asilo político ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange.
"O embaixador do Equador é esperado no ministério o mais rápido possível. As acusações [do ministro equatoriano das Relações Exteriores] formuladas são graves e é inaceitável que o Equador queira deter o processo judicial sueco e a cooperação judicial europeia", declarou à AFP o porta-voz do ministério sueco das Relações Exteriores, Anders Jurle.
O Equador concedeu asilo diplomático a Julian Assange, refugiado na embaixada do país em Londres, por considerar que existem riscos para sua integridade e sua vida em consequência das revelações feitas no site Wikileaks, anunciou o chanceler Ricardo Patiño.
"O Equador decidiu conceder asilo diplomático a Julian Assange", afirmou Patiño ao ler uma declaração na sede do ministério das Relações Exteriores em Quito.
"Caso aconteça uma extradição para os Estados Unidos, o senhor Assange não terá um julgamento justo, poderá ser julgado por tribunais especiais ou militares e não é inverossímil que receba um tratamento cruel e degradante, e que seja condenado à prisão perpétua ou à pena capital, com o que não seriam respeitados seus direitos humanos", disse Patiño.