Jovem presa por ir a partida de vôlei masculino ganha liberdade condicional no Irã
LONDRES, 23 Nov 2014 (AFP) - A jovem britânica de origem iraniana Ghoncheh Ghavami, condenada a um ano de prisão por ter tentado assistir a uma partida de vôlei masculino em Teerã, foi colocada em liberdade condicional neste domingo, declarou seu irmão Iman Ghavami à AFP em Londres.
"Foi colocada em liberdade condicional há duas horas e está com nossos pais" em Teerã, disse o irmão da jovem que foi detida em 20 de junho e estava em greve de fome desde o início de novembro.
"Não esperávamos isto. Consegui falar com ela apenas por alguns segundos. Ela estava feliz, mas sofre, aparentemente, de problemas gástricos, ligados a sua greve de fome", acrescentou, estimando que sua irmã tenha perdido quase 10 quilos.
O advogado da jovem de 25 anos havia anunciado no início de novembro que ela tinha sido condenada a um ano de prisão devido a um processo por "propaganda contra o regime". Mas uma autoridade judicial afirmou alguns dias depois que o veredicto do processo ainda não tinha sido pronunciado.
"De fato, ela foi condenada na semana passada a um ano de prisão e a dois anos de proibição de deixar o território iraniano. Ela já cumpriu cinco meses e o tribunal de apelações ainda deve decidir na próximas duas ou três semanas se ela deve voltar para a prisão ou não", explicou seu irmão à AFP.
"Todo mundo sabe que ela não fez nada. Ela nunca deveria ter sido mantida na prisão por cinco meses", acrescentou.
Detida, liderada e novamente detida alguns dias depois, a jovem estava presa na penitenciária de Evine, no norte da capital iraniana.
As mulheres não têm o direito de assistir a partidas de vôlei e de futebol no Irã, sob o pretexto oficial de que devem ser poupadas dos comportamentos obscenos da torcida masculina.
Um membro da autoridade judicial iraniana afirmou há alguns dias que ela estava sendo julgada por ter agido "contra a segurança" do país e por seus "vínculos com estrangeiros", desmentindo qualquer ligação com o fato de ela ter comparecido ao estádio.
No início de novembro, Ghoncheh Ghavami, formada em Direito em Londres, iniciou sua segunda greve de fome. Ela já tinha mantido uma greve de fome de duas semanas em outubro para protestar contra a sua detenção e pela ausência de um processo.
"Foi colocada em liberdade condicional há duas horas e está com nossos pais" em Teerã, disse o irmão da jovem que foi detida em 20 de junho e estava em greve de fome desde o início de novembro.
"Não esperávamos isto. Consegui falar com ela apenas por alguns segundos. Ela estava feliz, mas sofre, aparentemente, de problemas gástricos, ligados a sua greve de fome", acrescentou, estimando que sua irmã tenha perdido quase 10 quilos.
O advogado da jovem de 25 anos havia anunciado no início de novembro que ela tinha sido condenada a um ano de prisão devido a um processo por "propaganda contra o regime". Mas uma autoridade judicial afirmou alguns dias depois que o veredicto do processo ainda não tinha sido pronunciado.
"De fato, ela foi condenada na semana passada a um ano de prisão e a dois anos de proibição de deixar o território iraniano. Ela já cumpriu cinco meses e o tribunal de apelações ainda deve decidir na próximas duas ou três semanas se ela deve voltar para a prisão ou não", explicou seu irmão à AFP.
"Todo mundo sabe que ela não fez nada. Ela nunca deveria ter sido mantida na prisão por cinco meses", acrescentou.
Detida, liderada e novamente detida alguns dias depois, a jovem estava presa na penitenciária de Evine, no norte da capital iraniana.
As mulheres não têm o direito de assistir a partidas de vôlei e de futebol no Irã, sob o pretexto oficial de que devem ser poupadas dos comportamentos obscenos da torcida masculina.
Um membro da autoridade judicial iraniana afirmou há alguns dias que ela estava sendo julgada por ter agido "contra a segurança" do país e por seus "vínculos com estrangeiros", desmentindo qualquer ligação com o fato de ela ter comparecido ao estádio.
No início de novembro, Ghoncheh Ghavami, formada em Direito em Londres, iniciou sua segunda greve de fome. Ela já tinha mantido uma greve de fome de duas semanas em outubro para protestar contra a sua detenção e pela ausência de um processo.