Um Papa progressista no social e conservador na doutrina
BUENOS AIRES, 14 Mar 2013 (AFP) - O novo Papa Francisco é um homem de posições progressistas em temas sociais, mas alinhado sem fissuras com a doutrina do Vaticano, como revela sua oposição às leis do casamento gay e de identidade de gênero recentemente aprovadas.
A seguir, as posições do novo pontífice:
CASAMENTO GAY: foi um tenaz opositor à lei do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo aprovada em julho de 2010 na Argentina com apoio do governo e que foi a primeira do tipo na América Latina.
"Não sejamos ingênuos: não se trata de uma simples luta política; é a pretensão destrutiva ao plano de Deus", disse Bergoglio pouco antes da sanção da lei.
IDENTIDADE DE GÊNERO: também foi contrário à lei de identidade de gênero aprovada em maio de 2012 e que autoriza travestis e transexuais a registrar seus dados com o sexo escolhido.
CELIBATO: "O celibato é uma opção de vida como seria, por exemplo, viver na pobreza", disse Bergoglio no livro "El Jesuita" de Sergio Rubín e Francesca Abrogetti.
Mas reconheceu que "há momentos em que pode-se tornar crítica (a opção) se o padre conhece uma mulher na paróquia e acredita que está enamorado".
EUTANÁSIA E ABORTO: contrário à eutanásia. Chegou a declarar que "na Argentina se aplica a pena de morte" no caso do aborto e a "eutanásia acobertada" em idosos enfermos.
No livro "El Jesuita", Bergoglio citou a luta contra o aborto como "a batalha a favor da vida desde a concepção até a morte digna e natural".
"Uma mulher grávida não leva no ventre uma escova de dentes, tampouco um tumor. A ciência ensina que desde o momento da concepção, o novo ser tem todo o código genético".
PRESERVATIVOS: contrário, assim como a Igreja, incluindo como forma de prevenção à Aids.
BATISMO: em 2012 pediu a padres de 11 dioceses de Buenos Aires que batizassem todos os bebês, incluindo os nascidos de uma relação extraconjugal.
"Com dor digo e, se parece uma denúncia ou uma ofensa, perdoem-me, mas em nossa região eclesiástica há presbíteros que não batiam as crianças das mães solteiras porque não foram concebidos na santidade do matrimônio", disse.
ESCNDALOS DE PEDOFILIA: Não se pronunciou sobre as denúncias de casos de pedofilia.
PAPEL NA DITADURA: "Fiz o que pude com a idade que tinha e as poucas relações com as quais contava para defender as pessoas sequestradas", afirmou Bergoglio sobre as acusações de que não protegeu dois padres jesuítas que foram detidos e liberados cinco meses depois.
Bergoglio afirmou que os padres foram liberados, "primeiro, porque não puderam acusá-los de nada e, segundo, porque nos movimentamos como loucos a partir do dia em que os levaram".
MEIO AMBIENTE: aqueles que o conhecem dizem que é um defensor do meio ambiente.
GLOBALIZAÇÃO E POLITICA: o novo Papa aceita a globalização, mas advertiu que "tem seus perigos". "Não podemos renegar da cultura de nossos povos. Este é o grande perigo" que a globalização traz consigo, destacou Bergoglio.
Defendeu ainda o trabalho dos laicos na política e definiu "a política como a tarefa do bem comum, ao contrário das ideologias, que sempre engendram violência".
COMUNISMO E LIBERALISMO: o Papa Francisco expôs suas críticas tanto ao comunismo como ao liberalismo e destacou que, "assim como comunismo caiu por suas contradições internas, este liberalismo também vai cair por suas contradições internas" e advertiu que "não devemos nos resignar a aceitar passivamente a tirania do econômico. A tarefa não deve reduzir-se a que as contas fechem para tranquilizar os mercados". Também defendeu um trabalho maior sobre a sociedade.
jos/fp/cn
A seguir, as posições do novo pontífice:
CASAMENTO GAY: foi um tenaz opositor à lei do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo aprovada em julho de 2010 na Argentina com apoio do governo e que foi a primeira do tipo na América Latina.
"Não sejamos ingênuos: não se trata de uma simples luta política; é a pretensão destrutiva ao plano de Deus", disse Bergoglio pouco antes da sanção da lei.
IDENTIDADE DE GÊNERO: também foi contrário à lei de identidade de gênero aprovada em maio de 2012 e que autoriza travestis e transexuais a registrar seus dados com o sexo escolhido.
CELIBATO: "O celibato é uma opção de vida como seria, por exemplo, viver na pobreza", disse Bergoglio no livro "El Jesuita" de Sergio Rubín e Francesca Abrogetti.
Mas reconheceu que "há momentos em que pode-se tornar crítica (a opção) se o padre conhece uma mulher na paróquia e acredita que está enamorado".
EUTANÁSIA E ABORTO: contrário à eutanásia. Chegou a declarar que "na Argentina se aplica a pena de morte" no caso do aborto e a "eutanásia acobertada" em idosos enfermos.
No livro "El Jesuita", Bergoglio citou a luta contra o aborto como "a batalha a favor da vida desde a concepção até a morte digna e natural".
"Uma mulher grávida não leva no ventre uma escova de dentes, tampouco um tumor. A ciência ensina que desde o momento da concepção, o novo ser tem todo o código genético".
PRESERVATIVOS: contrário, assim como a Igreja, incluindo como forma de prevenção à Aids.
BATISMO: em 2012 pediu a padres de 11 dioceses de Buenos Aires que batizassem todos os bebês, incluindo os nascidos de uma relação extraconjugal.
"Com dor digo e, se parece uma denúncia ou uma ofensa, perdoem-me, mas em nossa região eclesiástica há presbíteros que não batiam as crianças das mães solteiras porque não foram concebidos na santidade do matrimônio", disse.
ESCNDALOS DE PEDOFILIA: Não se pronunciou sobre as denúncias de casos de pedofilia.
PAPEL NA DITADURA: "Fiz o que pude com a idade que tinha e as poucas relações com as quais contava para defender as pessoas sequestradas", afirmou Bergoglio sobre as acusações de que não protegeu dois padres jesuítas que foram detidos e liberados cinco meses depois.
Bergoglio afirmou que os padres foram liberados, "primeiro, porque não puderam acusá-los de nada e, segundo, porque nos movimentamos como loucos a partir do dia em que os levaram".
MEIO AMBIENTE: aqueles que o conhecem dizem que é um defensor do meio ambiente.
GLOBALIZAÇÃO E POLITICA: o novo Papa aceita a globalização, mas advertiu que "tem seus perigos". "Não podemos renegar da cultura de nossos povos. Este é o grande perigo" que a globalização traz consigo, destacou Bergoglio.
Defendeu ainda o trabalho dos laicos na política e definiu "a política como a tarefa do bem comum, ao contrário das ideologias, que sempre engendram violência".
COMUNISMO E LIBERALISMO: o Papa Francisco expôs suas críticas tanto ao comunismo como ao liberalismo e destacou que, "assim como comunismo caiu por suas contradições internas, este liberalismo também vai cair por suas contradições internas" e advertiu que "não devemos nos resignar a aceitar passivamente a tirania do econômico. A tarefa não deve reduzir-se a que as contas fechem para tranquilizar os mercados". Também defendeu um trabalho maior sobre a sociedade.
jos/fp/cn