Acusados de estupro de turista suíça comparecem à justiça na Índia

DATIA, Índia, 18 Mar 2013 (AFP) - Seis indianos compareceram nesta segunda-feira à justiça pelo caso do estupro coletivo de uma turista suíça no centro do país, anunciou a polícia, um crime que demonstra mais uma vez o problema da segurança na Índia, onde as agressões sexuais contra as mulheres são frequentes.

Os seis homens, detidos após a agressão cometida na sexta-feira no distrito de Datia, no estado de Madhya Pradesh, foram apresentados a um juiz local.

"O magistrado colocou os acusados em prisão provisória durante 24 horas", declarou o chefe adjunto da polícia do distrito, R.S. Prajapati.

"Estes homens serão interrogados novamente", completou.

A vítima, de 39 anos, declarou à polícia que foi estuprada por quatro homens. Outros dois estiveram presentes durante a agressão na sexta-feira à noite, em uma área de florestas.

A vítima circulava de bicicleta na sexta-feira passada com o marido pelo estado de Madhya Pradesh quando vários homens atacaram o casal.

Os criminosos amarraram o homem e estupraram a mulher na frente do marido. Também roubaram 10.000 rupias (185 dólares) e um telefone celular.

Quatro homens serão acusados de estupro coletivo, afirmou M.L. Dhody, outro policial local, pois os outros dois "apenas assistiram a cena".

Mas os seis serão acusados de roubo, pois confessaram a participação no crime.

Cinco suspeitos, camponeses de entre 20 e 25 anos, apareceram na televisão no domingo à noite com os rostos cobertos. As imagens foram feitas na delegacia do distrito de Datia, onde aconteceu a agressão.

Uma sexta pessoa, de 19 anos, foi detida no domingo no Estado vizinho de Uttar Pradesh.

Segundo a agência Press Trust of India (PTI), pelo menos um dos detidos estava armado com um fuzil de caça.

A mulher foi examinada em um hospital local e depois deixou a região com o marido, um mecânico de 30 anos. Agora estão em Nova Délhi, onde se recuperam do trauma, segundo um comunicado da embaixada suíça.

O casal se declarou disposto a "colaborar plenamente com a investigação em curso e no processo de identificação. No momento ficarão na Índia", segundo um comunicado da embaixada.

O caso aconteceu três meses depois do estupro coletivo de uma jovem estudante indiana em Nova Délhi, que inspirou um grande movimento de protesto no país. Muitas pessoas acusam as autoridades de negligência ante a violência contra as mulheres.

Em resposta, o governo apresentou um projeto de lei que pune o estupro com 20 anos de prisão e até mesmo pena de morte, caso a vítima faleça em consequência dos ferimentos ou acabe em estado vegetal.

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