Cartes promoverá retorno do Paraguai ao Mercosul
ASUNCIõN, 23 Abr 2013 (AFP) - O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, se comprometeu nesta segunda-feira a promover a normalização das relações com o Mercosul e a aprovação parlamentar do ingresso da Venezuela no bloco.
"Vamos fazer todo o possível para voltar ao Mercosul. O nosso compromisso é realizar todo o esforço em busca da normalização das relações", disse Cartes em entrevista coletiva um dia após vencer as eleições no Paraguai.
O Paraguai foi suspenso do Mercosul em junho passado, devido ao impeachment relâmpago contra o presidente Fernando Lugo, acusado pelo Congresso de "mau desempenho de suas funções" após um conflito agrário que deixou 17 mortos.
A queda de Lugo foi tachada de "golpe parlamentar" por seus sócios da região, que impuseram sanções políticas ao Paraguai e o isolaram do bloco até a realização de eleições, o que ocorreu neste domingo.
Cartes advertiu que para a normalização das relações deve primar o estado de direito, em referência ao ordenamento jurídico do bloco regional fundado em 1991 por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Sobre a Venezuela, que se converteu em membro pleno do Mercosul em 29 de junho passado, em Mendoza (Argentina), imediatamente após a suspensão do Paraguai, Cartes destacou ter "muita predisposição" para obter a aprovação parlamentar sobre o ingresso de Caracas.
"Ou olhamos para trás e lembramos a Guerra da Tríplice Aliança ou olhamos para frente", disse Cartes sobre o conflito entre Paraguai, de um lado, e Brasil, Argentina e Uruguai, do outro, que devastou o país.
"Sair do Mercosul é uma bobagem. Estamos absolutamente predispostos" a voltar ao bloco e à União das Nações Sul-Americanas (Unasul), do qual o Paraguai também foi suspenso pela crise política.
"O atrativo de estar no Mercosul é muito importante, de gerar oportunidades de trabalho para nossos compatriotas".
Cartes explicou que as tarifas preferenciais que o Paraguai tem dentro do bloco regional favorecem que várias empresas, a maior parte no Brasil, utilizem mão de obra nacional.
O presidente eleito advertiu que se o Congresso impor a saída do país do Mercosul "não teremos outra alternativa que aceitar isto".
Cartes foi saudado no domingo pela presidente Dilma Rousseff e seus colegas de Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, Chile, Sebastián Piñera, e Peru, Ollanta Humala.
Dilma manifestou sua "disposição de recompor as relações bilaterais e as do Paraguai com o Mercosul", e Cartes "agradeceu o gesto da presidente e garantiu estar pronto para normalizar as relações do Paraguai com os demais países".
O presidente eleito disse que não assistirá à próxima reunião do Mercosul no mês de junho, em Montevidéu, para a qual foi convidado por José Mujica, justificando que assumirá apenas no dia 15 de agosto.
Empresário, milionário e novato no mundo da política, Cartes liderou o retorno ao poder do Partido Colorado, que havia sido derrotado em 2008 pelo esquerdista Fernando Lugo após seis décadas no comando do país.
Cartes, 56 anos, recebeu 45,91% dos votos, superando por ampla margem seu principal rival, o senador governista Efraín Alegre, que obteve 36,84%.
"Vamos fazer todo o possível para voltar ao Mercosul. O nosso compromisso é realizar todo o esforço em busca da normalização das relações", disse Cartes em entrevista coletiva um dia após vencer as eleições no Paraguai.
O Paraguai foi suspenso do Mercosul em junho passado, devido ao impeachment relâmpago contra o presidente Fernando Lugo, acusado pelo Congresso de "mau desempenho de suas funções" após um conflito agrário que deixou 17 mortos.
A queda de Lugo foi tachada de "golpe parlamentar" por seus sócios da região, que impuseram sanções políticas ao Paraguai e o isolaram do bloco até a realização de eleições, o que ocorreu neste domingo.
Cartes advertiu que para a normalização das relações deve primar o estado de direito, em referência ao ordenamento jurídico do bloco regional fundado em 1991 por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Sobre a Venezuela, que se converteu em membro pleno do Mercosul em 29 de junho passado, em Mendoza (Argentina), imediatamente após a suspensão do Paraguai, Cartes destacou ter "muita predisposição" para obter a aprovação parlamentar sobre o ingresso de Caracas.
"Ou olhamos para trás e lembramos a Guerra da Tríplice Aliança ou olhamos para frente", disse Cartes sobre o conflito entre Paraguai, de um lado, e Brasil, Argentina e Uruguai, do outro, que devastou o país.
"Sair do Mercosul é uma bobagem. Estamos absolutamente predispostos" a voltar ao bloco e à União das Nações Sul-Americanas (Unasul), do qual o Paraguai também foi suspenso pela crise política.
"O atrativo de estar no Mercosul é muito importante, de gerar oportunidades de trabalho para nossos compatriotas".
Cartes explicou que as tarifas preferenciais que o Paraguai tem dentro do bloco regional favorecem que várias empresas, a maior parte no Brasil, utilizem mão de obra nacional.
O presidente eleito advertiu que se o Congresso impor a saída do país do Mercosul "não teremos outra alternativa que aceitar isto".
Cartes foi saudado no domingo pela presidente Dilma Rousseff e seus colegas de Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, Chile, Sebastián Piñera, e Peru, Ollanta Humala.
Dilma manifestou sua "disposição de recompor as relações bilaterais e as do Paraguai com o Mercosul", e Cartes "agradeceu o gesto da presidente e garantiu estar pronto para normalizar as relações do Paraguai com os demais países".
O presidente eleito disse que não assistirá à próxima reunião do Mercosul no mês de junho, em Montevidéu, para a qual foi convidado por José Mujica, justificando que assumirá apenas no dia 15 de agosto.
Empresário, milionário e novato no mundo da política, Cartes liderou o retorno ao poder do Partido Colorado, que havia sido derrotado em 2008 pelo esquerdista Fernando Lugo após seis décadas no comando do país.
Cartes, 56 anos, recebeu 45,91% dos votos, superando por ampla margem seu principal rival, o senador governista Efraín Alegre, que obteve 36,84%.
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