Protesto da oposição reúne 40 mil na Tunísia

TUNES, 06 Ago 2013 (AFP) - Ao menos 40 mil pessoas estavam reunidas na noite desta terça-feira, diante da Assembleia Constituinte em Túnis, para exigir a demissão do governo dirigido pelo partido islâmico Ennahda, informou à AFP um oficial da polícia.

As pessoas continuam chegando a Bardo, subúrbio de Túnis, observou um jornalista da AFP às 22H20 locales (18H20 Brasília).

O protesto ocorre no horário noturno devido ao mês sagrado do Ramadã, no qual os muçulmanos observam um jejum diário.

Em meio a bandeiras da Tunísia, a multidão gritava: "O povo quer a queda do regime" ou "O governo vai cair hoje".

Muitos manifestantes carregavam retratos do deputado opositor Mohamed Brahmi, cujo assassinato, em 25 de julho, deflagrou a atual crise política.

"É uma manifestação (...) pela esperança, por uma segunda República na qual os objetivos da revolução (de janeiro de 2011) possam se concretizar", disse Mohsen Marzuk, um dos dirigentes do partido Nidaa Tounes.

Os detratores de Ennahda exigem a saída do governo e a dissolução da Assembleia Nacional Constituinte, que está paralisada há meses.

O partido islâmico rejeita as reivindicações e propõe ampliar a coalizão de governo, além de eleições em dezembro.

O presidente da Assembleia Constituinte, Ben Jaafar, anunciou nesta terça-feira a suspensão dos trabalhos até que as diferentes forças aceitem negociar.

"É uma vitória das ruas, mas não é o suficiente", disse a deputada Maya Jribi, dirigente do Partido Republicano, sobre a decisão de Jaafar.

"É um primeiro passo para a pacificação (...) mas não é o suficiente. Precisamos chegar à dissolução da Constituinte e à queda do governo", afirmou Mahmud Barudi, do partido Massar.



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