Papa pede a católicos que questionem se são fieis a Jesus ou traidores
CIDADE DO VATICANO, 13 Abr 2014 (AFP) - O papa Francisco iniciou neste domingo os ritos da Semana Santa com a missa do Domingo de Ramos, durante a qual pediu para que os católicos se questionem se são como os que traíram Jesus Cristo ou foram corajosos e fieis a Ele até o final.
"Onde está meu coração? A qual dessas pessoas [do Evangelho] me assemelho? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana", afirmou o Papa em tom sério ante uma multidão congregada na Praça de São Pedro durante sua homilia.
Pouco antes, o sumo pontífice presidiu a procissão de Ramos, apoiado em um bastão esculpido para a ocasião pelos detentos do presídio de San Remo (centro-oeste da Itália), e cercado por dezenas de jovens padres e bispos.
Vestido com o tradicional traje litúrgico roxo, fez uso da palavra, mas não leu o texto que foi distribuído anteriormente para a imprensa, no qual se referia principalmente à entrada de Jesus em Jerusalém, que é celebrada, segundo a tradição cristã, durante a missa de Ramos.,
O papa improvisou e preferiu enfatizar o fato de que este domingo também está relacionado com a Paixão de Cristo.
"Quem sou eu? Quem sou eu frente a Jesus que sofre?", questionou o papa ao iniciar seu discurso inesperado, causando uma tensão palpável entre os fieis.
"Inclusive ouvimos outro nome: Judas. 30 moedas. Sou como Judas? Ouvimos outros nomes: os discípulos que não entendiam nada, que ficaram dormindo enquanto o Senhor sofria? Minha vida está adormecida?", indagou o papa argentino.
"Sou eu um traidor? Sou como aqueles líderes religiosos que têm pressa em organizar um tribunal e buscam falsos testemunhos? Sou eu como eles?", perguntou novamente, citando Pôncio Pilatos, que, "ante uma situação difícil, lava as mãos, não assume sus responsabilidades", e referiu-se também aos soldados, que "agridem o Senhor, cospem nele, o insultam e se divertem com sua humilhação".
Também citou exemplos que considera positivos no Evangelho, como o personagem de Simão de Cirene, "que voltava cansado do trabalho, mas teve a boa vontade de ajudar o Senhor a carregar a cruz".
Depois da missa, um grupo de jovens brasileiros entregou a cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a outro grupo de jovens oriundos da Polônia, onde terá lugar o novo encontro, em Cracóvia, em 2016.
Durante o ngelus, o papa recordou a canonização, em 27 de abril, junto com João XXIII, de João Paulo II, iniciador da JMJ há 30 anos e quem, "na comunhão dos santos, seguirá sendo um pai e um amigo para os jovens do mundo".
Apesar de ter começado os ritos deste domingo com a aparência cansada, ao final da missa, mostrou-se sorridente e, aclamado pelos fieis que agitavam ramos, Jorge Mario Bergoglio beijou várias crianças e deficientes físicos e tomou um pouco de chimarrão oferecido por um fiel.
Segundo um porta-voz do Vaticano, mais de 100.000 pessoas assistiram à Missa de Ramos.
"Onde está meu coração? A qual dessas pessoas [do Evangelho] me assemelho? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana", afirmou o Papa em tom sério ante uma multidão congregada na Praça de São Pedro durante sua homilia.
Pouco antes, o sumo pontífice presidiu a procissão de Ramos, apoiado em um bastão esculpido para a ocasião pelos detentos do presídio de San Remo (centro-oeste da Itália), e cercado por dezenas de jovens padres e bispos.
Vestido com o tradicional traje litúrgico roxo, fez uso da palavra, mas não leu o texto que foi distribuído anteriormente para a imprensa, no qual se referia principalmente à entrada de Jesus em Jerusalém, que é celebrada, segundo a tradição cristã, durante a missa de Ramos.,
O papa improvisou e preferiu enfatizar o fato de que este domingo também está relacionado com a Paixão de Cristo.
"Quem sou eu? Quem sou eu frente a Jesus que sofre?", questionou o papa ao iniciar seu discurso inesperado, causando uma tensão palpável entre os fieis.
"Inclusive ouvimos outro nome: Judas. 30 moedas. Sou como Judas? Ouvimos outros nomes: os discípulos que não entendiam nada, que ficaram dormindo enquanto o Senhor sofria? Minha vida está adormecida?", indagou o papa argentino.
"Sou eu um traidor? Sou como aqueles líderes religiosos que têm pressa em organizar um tribunal e buscam falsos testemunhos? Sou eu como eles?", perguntou novamente, citando Pôncio Pilatos, que, "ante uma situação difícil, lava as mãos, não assume sus responsabilidades", e referiu-se também aos soldados, que "agridem o Senhor, cospem nele, o insultam e se divertem com sua humilhação".
Também citou exemplos que considera positivos no Evangelho, como o personagem de Simão de Cirene, "que voltava cansado do trabalho, mas teve a boa vontade de ajudar o Senhor a carregar a cruz".
Depois da missa, um grupo de jovens brasileiros entregou a cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a outro grupo de jovens oriundos da Polônia, onde terá lugar o novo encontro, em Cracóvia, em 2016.
Durante o ngelus, o papa recordou a canonização, em 27 de abril, junto com João XXIII, de João Paulo II, iniciador da JMJ há 30 anos e quem, "na comunhão dos santos, seguirá sendo um pai e um amigo para os jovens do mundo".
Apesar de ter começado os ritos deste domingo com a aparência cansada, ao final da missa, mostrou-se sorridente e, aclamado pelos fieis que agitavam ramos, Jorge Mario Bergoglio beijou várias crianças e deficientes físicos e tomou um pouco de chimarrão oferecido por um fiel.
Segundo um porta-voz do Vaticano, mais de 100.000 pessoas assistiram à Missa de Ramos.
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