Jihadistas sírios mostram suposta execução de jornalista americano

BEIRUTE, 20 Ago 2014 (AFP) - O Estado Islâmico (EI) divulgou nesta terça-feira um vídeo que mostraria a morte do jornalista americano James Foley, em represália pelos ataques aéreos dos Estados Unidos contra forças jihadistas no norte do Iraque.

No vídeo publicado na Internet, o EI mostra um homem de capuz vestido de negro que parece cortar a garganta do jornalista. Foley foi sequestrado em novembro passado na Síria.

O carrasco, que fala em inglês britânico, realiza a execução no deserto, mas não é possível determinar se no Iraque ou na Síria.

Na gravação de cinco minutos, divulgada na Internet por fontes do Estado Islâmico, o grupo declara que Foley foi executado devido à decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de ordenar ataques aéreos contra posições do grupo jihadista no norte do Iraque.

No mesmo vídeo, intitulado "Mensagem aos Estados Unidos", os jihadistas mostram imagens de outro jornalista americano, identificado como Steven Sotloff, que será executado caso Obama não suspenda os ataques contra o EI no norte do Iraque.

Os dois jornalistas estão com uniforme de cor laranja, que lembra os usados pelos presos em Guantánamo.

A Casa Branca se declarou "horrorizada" pela suposta decapitação de Foley, e assinalou que seus serviços de Inteligencia tentam confirmar a autenticidade do vídeo.

"Vimos um vídeo que parece mostrar a morte do cidadão americano James Foley pelo EI. Se é autêntico, estamos horrorizados pela morte brutal de um jornalista americano inocente", assinalou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional Caitlin Hayden.

"Encontrem James Foley" - a campanha da família do jornalista freelancer de 40 anos - publicou uma mensagem na Internet pedindo tempo para "encontrar respostas".

Foley era um experiente correspondente que cobriu a guerra na Líbia antes de se dirigir à Síria para cobrir a revolta contra Bashar al-Assad para Global Post, AFP e outros veículos.

Segundo testemunhas, Foley foi capturado no dia 22 de novembro de 2012 na província de Idlib, no norte do país.

Os jihadistas do EI, instalados na Síria, lançaram uma ofensiva sobre o Iraque no dia 9 de junho, e conquistaram rapidamente grande parte dos territórios sunitas do país.

Os Estados Unidos, que retiraram suas tropas do Iraque em dezembro de 2011, realizam desde 8 de agosto ataques aéreos contra posições do EI no Iraque.



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