Três comandantes do braço armado do Hamas morrem em ataque aéreo em Gaza

De Gaza

Três comandantes do braço armado do movimento islamita palestino Hamas morreram na manhã desta quinta-feira (21) como consequência de um bombardeio da aviação israelense em Rafah, no sul da faixa de Gaza, anunciou a organização.

As Brigadas Ezzedin Al-Qassam identificaram em um comunicado os três homens como Mohamed Abu Shamala, Raed al-Atar e Mohamed Barhum.

Este bombardeio ocorre dois dias após outro ataque aéreo que matou a esposa e um filho do chefe das Brigadas, Mohamed Deif, que, segundo o movimento, segue vivo.

Segundo os serviços de emergência palestinos, um ataque aéreo que destruiu um edifício em Rafah deixou sete palestinos mortos. Não estava claro até o momento se os três chefes militares estavam incluídos neste balanço.

Outro bombardeio no acampamento de refugiados de Nuseirat (centro) deixou mais um palestino morto, declarou o porta-voz dos serviços de emergência em Gaza, Ashraf al-Qodra.

Bombardeios na terça-feira (19) encerraram um período de calma que já durava 10 dias, a paz mais longa no conflito desde que Israel lançou sua ofensiva contra Gaza em 8 de julho, com o objetivo declarado de encerrar os disparos de foguetes do Hamas contra seu território. Mais de 2.000 palestinos e 60 israelenses foram mortos desde o início dos ataques mútuos. (Com agências)

Conheça os pontos da negociação entre Israel e palestinos
  • Reprodução/BBC
    Estado palestino
    Os palestinos querem um Estado plenamente soberano e independente na Cisjordânia e na faixa de Gaza, com a capital em Jerusalém Oriental. Israel quer um Estado palestino desmilitarizado, presença militar no Vale da Cisjordânia da Jordânia e manutenção do controle de seu espaço aéreo e das fronteiras exteriores
  • Mohamad Torokman/Reuters
    Fronteiras e assentamentos judeus
    Os palestinos querem que Israel saia dos territórios que ocupou após a Guerra dos Seis Dias (1967) e desmantele por completo os assentamentos judeus que avançam a fronteira, considerados ilegais pela ONU. Qualquer área dada a Israel seria recompensada. Israel descarta voltar às fronteiras anteriores a 1967, mas aceita deixar partes da Cisjordânia se puder anexar os maiores assentamentos.
  • Cindy Wilk/UOL
    Jerusalém
    Israel anexou a área árabe da Jordânia após 1967 e não aceita a dividir Jerusalém por considerar o local o centro político e religioso da população judia. Já os palestinos querem o leste de Jerusalém como capital do futuro Estado da Palestina. O leste de Jerusalém é considerado um dos lugares sagrados do Islã. A comunidade não reconhece a anexação feita por Israel.
  • Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos
    Refugiados
    Há cerca de 5 milhões de refugiados palestinos, a maioria deles descendentes dos 760 mil palestinos que foram expulsos de suas terras na criação do Estado de Israel, em 1948. Os palestinos exigem que Israel reconheça seu "direito ao retorno", o que Israel rejeita por temer a destruição do Estado de Israel pela demografia. Já Israel quer que os palestinos reconheçam seu Estado.
  • Mahfouz Abu / EFE
    Segurança
    Israel teme que um Estado palestino caia nas mãos do grupo extremista Hamas e seja usado para atacar os judeus. Por isso, insiste em manter medidas de segurança no vale do rio Jordão e pedem que o Estado palestino seja amplamente desmilitarizado. Já os palestinos querem que seu Estado tenha o máximo de atributos de um Estado comum.
  • Abbas Momani/AFP
    Água
    Israel controla a maioria das fontes subterrâneas da Cisjordânia. Os palestinos querem uma distribuição mais igualitária do recurso.

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