Kiev acusa Exército russo de atacar tropas ucranianas
Kiev, 21 Jan 2015 (AFP) - Kiev denunciou nesta terça-feira que tropas russas atacaram unidades ucranianas estacionadas na zona separatista do leste do país, onde combatem os rebeldes aliados a Moscou.
"Violando todos os acordos prévios, as unidades militares ucranianas foram atacadas ao norte (na zona de conflito) por tropas regulares das Forças Armadas russas", disse o porta-voz militar de Kiev, Andriy Lysenko, em entrevista coletiva.
Segundo Kiev, os ataques das forças regulares russas ocorreram em vários pontos em torno das cidades de Zymohiria e Slovianoserbsk, situadas a cerca de 20 km de Lugansk.
Esta é a primeira acusação de ataque direto de tropas russas desde a assinatura dos acordos de paz em Minsk, no dia 5 de setembro passado.
Diante da "agravamento da situação", o presidente ucraniano, Petro Porochenko, abandonará o Forum Econômico Mundial de Davos nesta quarta-feira para retornar ao país, revelou seu porta-voz.
As forças ucranianas enfrentam dificuldades no aeroporto de Donetsk, onde os separatistas "explodiram a pista de pouso", informou o ministério da Defesa.
As tropas de Kiev também se retiraram de uma posição nos arredores de Lugansk, onde foram atacadas por soldados regulares das forças russas.
A Ucrânia lançou nesta terça sua quarta onda de mobilização militar, que deve envolver cerca de 50.000 homens, para enfrentar a revolta separatista no leste pró-russo.
A mobilização terá a duração de 90 dias e será seguida de duas outras, para atingir um total de 104.000 homens.
Nas últimas 24 horas, ao menos dezenove soldados foram feridos, informou o porta-voz militar Andri¯ Lyssenko.
Dois civis morreram e oito outros foram feridos gravemente nesta terça-feira de manhã por um tiro de artilharia que atingiu um ponto de ônibus e lojas próximas em Donetsk, segundo as autoridades locais.
Na região vizinha de Lugansk, tiros de morteiros rebeldes atingiram um edifício residencial na cidade de Chtchastie, ferindo várias pessoas e danificando cerca de trinta apartamentos, indicou o governador pró-Kiev deste território.
O conflito armado entre os separatistas pró-russos e as forças ucranianas mataram mais de 4.800 pessoas desde abril e tem vivido um aumento da violência nos últimos dez dias.
Kiev e o Ocidente levam meses acusando os russos de deslocar tropas nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, embora Moscou sempre o tenha negado.
Segundo as últimas estimativas de Kiev, mais de 8.500 soldados russos estavam no leste da Ucrânia em meados de janeiro.
Esta nova escalada da violência preocupa, após as poucas semanas de relativa calma, que anteciparam o cessar-fogo assinado em 9 de dezembro.
lap-ant-ios-sva/mr/lr
"Violando todos os acordos prévios, as unidades militares ucranianas foram atacadas ao norte (na zona de conflito) por tropas regulares das Forças Armadas russas", disse o porta-voz militar de Kiev, Andriy Lysenko, em entrevista coletiva.
Segundo Kiev, os ataques das forças regulares russas ocorreram em vários pontos em torno das cidades de Zymohiria e Slovianoserbsk, situadas a cerca de 20 km de Lugansk.
Esta é a primeira acusação de ataque direto de tropas russas desde a assinatura dos acordos de paz em Minsk, no dia 5 de setembro passado.
Diante da "agravamento da situação", o presidente ucraniano, Petro Porochenko, abandonará o Forum Econômico Mundial de Davos nesta quarta-feira para retornar ao país, revelou seu porta-voz.
As forças ucranianas enfrentam dificuldades no aeroporto de Donetsk, onde os separatistas "explodiram a pista de pouso", informou o ministério da Defesa.
As tropas de Kiev também se retiraram de uma posição nos arredores de Lugansk, onde foram atacadas por soldados regulares das forças russas.
A Ucrânia lançou nesta terça sua quarta onda de mobilização militar, que deve envolver cerca de 50.000 homens, para enfrentar a revolta separatista no leste pró-russo.
A mobilização terá a duração de 90 dias e será seguida de duas outras, para atingir um total de 104.000 homens.
Nas últimas 24 horas, ao menos dezenove soldados foram feridos, informou o porta-voz militar Andri¯ Lyssenko.
Dois civis morreram e oito outros foram feridos gravemente nesta terça-feira de manhã por um tiro de artilharia que atingiu um ponto de ônibus e lojas próximas em Donetsk, segundo as autoridades locais.
Na região vizinha de Lugansk, tiros de morteiros rebeldes atingiram um edifício residencial na cidade de Chtchastie, ferindo várias pessoas e danificando cerca de trinta apartamentos, indicou o governador pró-Kiev deste território.
O conflito armado entre os separatistas pró-russos e as forças ucranianas mataram mais de 4.800 pessoas desde abril e tem vivido um aumento da violência nos últimos dez dias.
Kiev e o Ocidente levam meses acusando os russos de deslocar tropas nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, embora Moscou sempre o tenha negado.
Segundo as últimas estimativas de Kiev, mais de 8.500 soldados russos estavam no leste da Ucrânia em meados de janeiro.
Esta nova escalada da violência preocupa, após as poucas semanas de relativa calma, que anteciparam o cessar-fogo assinado em 9 de dezembro.
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