Irã arma rebeldes huthis do Iêmen desde 2009, denuncia ONU

  • Saleh al-Obeidi/AFP

O Irã envia armas a rebeldes huthis do Iêmen desde pelo menos 2009, segundo um relatório confidencial da ONU, que destaca que o apoio de Teerã data dos primeiros anos da insurgência xiita.

O relatório, feito por uma comissão de especialistas, foi apresentado na semana passada ao Comitê de Sanções contra o Irã do Conselho de Segurança, em um momento em que a ONU busca negociar o fim da campanha de bombardeios aéreos da coalizão encabeçada pela Arábia Saudita contra os huthis no Iêmen e a volta das negociações.

A Arábia Saudita apoia o presidente iemenita, Abd Rabbo Mansur Hadi, e o Irã apoia as milícias rebeldes, mas sempre negou o fornecimento de armas.

O informe é apresentado após uma investigação de especialistas sobre a inspeção, em 2003, de parte das autoridades iemenitas de um barco iraniano, o "Jihan", que levava armas a bordo.

As informações coletadas "sugerem que o caso do 'Jihan' foi antecedido por outras entregas por mar no Iêmen, que remontam, no mínimo, a 2009", explica o informe que a AFP pôde consultar.

"A análise sugere também que o Irã era a origem destas entregas e que os destinatários eram os huthis no Iêmen e, talvez, em outos casos, destinatários em outros países vizinhos", acrescentaram os especialistas.

"O apoio militar atual do Irã aos huthis foi corroborado por transferências de armas, realizadas durante pelo menos cinco anos", destacou o documento.

Além do 'Jihan', os investigadores registraram outros cinco casos de embarcações iranianas transportando armas destinadas ao Iêmen.

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