ONG diz que bloqueio árabe ao Iêmen mata tantos civis quanto a guerra
Riade, 30 Jul 2015 (AFP) - O bloqueio imposto pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita no Iêmen "mata" tantos civis quanto a guerra no país, lamentou nesta quinta-feira a chefe da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), em visita ao país.
Ao impedir a chegada de ajuda humanitária às pessoas afetadas pela guerra no Iêmen, o bloqueio "mata tanto quanto o conflito" armado, declarou Joanne Liu, em entrevista à AFP por telefone em Sanaa.
Ela alerta para a situação humanitária no Iêmen, considerada "catastrófica" pelas ONGs, mais de quatro meses após o lançamento em 26 de março por uma coalizão árabe de uma campanha de ataques aéreos contra os rebeldes xiitas huthis.
Desde o lançamento de sua ofensiva, em julho de 2014, a partir de seu reduto de Saada (norte), os rebeldes tomaram grandes porções do território, incluindo a capital Sanaa.
Após quatro meses de intensos combates, a ONU havia pedido que Riad abrandasse o bloqueio naval que impõe aos portos do Iêmen para permitir que mais navios comerciais reabasteçam o país, que é 90% dependente das importações de combustível e comida.
Na semana passada, um primeiro navio humanitário fretado pela ONU conseguiu atracar no porto de Áden, a maior cidade portuária no sul, seguido de carregamentos de ajuda enviados pelos países da coalizão, incluindo a Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Mas Joanne Liu, que visitou áreas do norte sob controle rebelde e a região de Taiz, no sul, palco de combates, disse que deve se fazer mais para ajudar a população.
"Temos de pôr em prática os meios para enviar suprimentos de forma segura, e para que as pessoas tenham acesso a medicamentos e não morram", afirmou Liu, presidente da MSF Internacional, com sede na Suíça.
Ela acrescentou, contudo, que compreende a necessidade de a coalizão impor um bloqueio sobre o Iêmen, onde os rebeldes estão sob um embargo de armas decidido pelo Conselho de Segurança da ONU.
Ao impedir a chegada de ajuda humanitária às pessoas afetadas pela guerra no Iêmen, o bloqueio "mata tanto quanto o conflito" armado, declarou Joanne Liu, em entrevista à AFP por telefone em Sanaa.
Ela alerta para a situação humanitária no Iêmen, considerada "catastrófica" pelas ONGs, mais de quatro meses após o lançamento em 26 de março por uma coalizão árabe de uma campanha de ataques aéreos contra os rebeldes xiitas huthis.
Desde o lançamento de sua ofensiva, em julho de 2014, a partir de seu reduto de Saada (norte), os rebeldes tomaram grandes porções do território, incluindo a capital Sanaa.
Após quatro meses de intensos combates, a ONU havia pedido que Riad abrandasse o bloqueio naval que impõe aos portos do Iêmen para permitir que mais navios comerciais reabasteçam o país, que é 90% dependente das importações de combustível e comida.
Na semana passada, um primeiro navio humanitário fretado pela ONU conseguiu atracar no porto de Áden, a maior cidade portuária no sul, seguido de carregamentos de ajuda enviados pelos países da coalizão, incluindo a Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Mas Joanne Liu, que visitou áreas do norte sob controle rebelde e a região de Taiz, no sul, palco de combates, disse que deve se fazer mais para ajudar a população.
"Temos de pôr em prática os meios para enviar suprimentos de forma segura, e para que as pessoas tenham acesso a medicamentos e não morram", afirmou Liu, presidente da MSF Internacional, com sede na Suíça.
Ela acrescentou, contudo, que compreende a necessidade de a coalizão impor um bloqueio sobre o Iêmen, onde os rebeldes estão sob um embargo de armas decidido pelo Conselho de Segurança da ONU.
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