Bolívia fará referendo sobre reeleição de Morales em fevereiro de 2016

Em La Paz

  • Freddy Zarco/ABI/Xinhua

    O presidente da Bolívia, Evo Morales (centro), celebra seu aniversário em evento em Sucre, na Bolívia

    O presidente da Bolívia, Evo Morales (centro), celebra seu aniversário em evento em Sucre, na Bolívia

O governo boliviano sancionou nesta quinta-feira (5) a lei de convocação de referendo, fixado para o próximo dia 21 de fevereiro que definirá se o presidente Evo Morales poderá ser candidato a um mandato no período 2020-2025.

O presidente do Senado, Luis Alberto Gonzales, confirmou a realização do referendo em 21 de fevereiro de 2016.

A pergunta que os bolivianos devem responder é: "Você está de acordo com a reforma do artigo 168 da Constituição Política do Estado para que a Presidenta ou Presidente e a Vice-presidenta ou Vice-presidente do Estado possam ser reeleitas ou reeleitos por duas vezes de maneira contínua?".

Além disso, um dispositivo transitório de reforma constitucional considera que o primeiro mandato de Morales é o período 2015-2020. A oposição considera as alterações ilegais.

Morales, de origem indígena, assumiu a presidência em 2006, depois de vencer uma eleição com 54% dos votos. Ele foi confirmado no cargo para o período 2010-2015 com 64% dos votos e para 2015-2020 venceu com 60%.

"O governo não está cumprindo a Constituição, está mudando as regras do jogo a cada cinco anos para permitir uma nova reeleição, porque esta é a terceira reeleição", protestou o senador opositor Oscar Ortiz.

A oposição, dispersa e sem liderança, anunciou que fará campanha pelo 'Não' no referendo.

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