Israel liberta palestina de 12 anos após dois meses de detenção
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Majdi Mohammed/AP
Dima al-Wawi, 12, abraça o pai Ismail al-Wawi, em um posto de controle militar
Uma menina de 12 anos, a palestina mais jovem a ser detida por Israel, segundo o advogado de defesa, foi libertada neste domingo depois de ter sido condenada a uma pena de prisão por tentativa de esfaquear israelenses.
Após dois meses de detenção, Dima al-Wawi saiu da prisão em Israel e foi levada para um posto de controle em Tulkarem, norte da Cisjordânia ocupada, onde se reuniu com os pais.
A menina foi recebida com a família na sede do governo de Tulkarem, onde as autoridades palestinas denunciaram a situação dos prisioneiros palestinos em Israel.
Natural de Halhul, perto de Hebron (sul da Cisjordânia), a menor foi detida em 9 de fevereiro, quando os ataques com faca de palestinos, geralmente jovens e em várias oportunidades mulheres, eram quase diários.
O vídeo da detenção mostra a menina de uniforme escolar, se aproximando de uma colônia israelense na Cisjordânia. Ela foi interrogada pelo guarda armado na entrada da colônia antes que um morador, com trajes civis, retirasse a faca que transportava e a deixasse no chão até a detenção por parte de soldados.
Um tribunal militar, o único com competência nos territórios ocupados, pediu o indiciamento por "tentativa de homicídio com premeditação e posse de faca" e a condenou a quatro meses e meio de prisão, assim como a um mês e meio de prisão condicional, além do pagamento de uma multa de 8.000 shekels (1.900 euros).
Em 11 de abril, seu advogado, Tariq Barghouth, anunciou que o pedido de libertação antecipada para a menina, "a palestina mais jovem que já foi detida", havia sido aceito.
A lei israelense autoriza a justiça militar a julgar pessoas com mais de 12 anos, algo insólito no mundo, segundo o Unicef. Atualmente, quase 450 menores palestinos estão detidos em Israel, quase 100 deles têm menos de 16 anos.