Violência em São Paulo

Estudante da USP está entre assassinados em SP

Em São Paulo

Um dia depois de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmar que os assassinatos estão diminuindo, a Grande São Paulo teve 15 mortes em 17 horas, quase o dobro da média diária. Foi o ápice da violência desde o início da guerra não declarada entre Polícia Militar e Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre as vítimas está Pedro Turquetti, de 22 anos, aluno do 3.° ano de Sistemas de Informação da USP Leste.

O estudante estava com dois amigos na Rua Capricórnio, a poucos metros da Delegacia de Homicídios de Santana de Parnaíba, esperando dar meia-noite para comemorar um aniversário. Foi quando um motoqueiro apareceu e, sem dizer nada, começou a atirar. Turquetti e o colega Pedro Mattos, também de 22 anos, morreram no local. O aniversariante, Washington Luiz, acabou baleado de raspão.

Após ondas de mortes nas zonas norte e leste, o foco da violência, desta vez, foi a zona sul da capital, com seis homicídios. Em meia hora, homens em uma moto preta mataram três pessoas e espalharam pânico pelo Jardim São Luís. Na Rua Bacio de Filicaia, às 23h30, o autônomo Adauto Andrade, de 27 anos, saiu para fumar um cigarro e foi baleado pelo menos dez vezes. Ali perto, logo depois, Fábio Junior Primo Fonseca, de 17, dirigia um Honda quando foi baleado 11 vezes. Minutos depois, o alvo foi o desempregado Ramon Silva, de 23, que levou oito tiros.

No mesmo bairro, outras duas pessoas foram baleadas em situações semelhantes. Na Cidade Dutra, dois homens em uma moto atiraram contra um grupo de pessoas que estava na frente de um sacolão na Rua Indochina. O alvo era William da Silva. Mesmo baleado, ele correu, mas acabou executado. Enquanto isso, no Campo Belo, PMs mataram dois suspeitos de assalto.

Ainda de madrugada, criminosos atiraram em quatro moradores de rua em Santo André. Testemunhas disseram que três homens desceram do carro e atiraram nas vítimas, que seriam usuárias de crack. Na mesma cidade, dois homens foram baleados (um deles morreu) em outro suposto ponto de drogas.

O medo da população foi intensificado pelo incêndio de um ônibus com um cobrador dentro no Grajaú. À tarde, houve fechamento de escolas por toque de recolher.

Já na zona leste, uma pessoa morreu em troca de tiros com a PM, que descobriu um QG do PCC. Na mesma região, dois homens em uma moto roubada foram baleados por PMs - um morreu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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