Unesp

Unesp aprova 'cotas', mas pede mais detalhes do projeto
comentários 8

Em São

Ouvir texto
0:00
Imprimir Comunicar erro

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) aprovou na quinta-feira, 25, o plano de inclusão lançado pelo governo e reitores das estaduais paulista, o Pimesp (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista). O Conselho Universitário da instituição aprovou as metas de inclusão do programa, que estabelece 50% das matrículas de alunos de escola pública até 2016, mas pediu mais informações sobre o college, curso semipresencial de dois anos por onde parte dos cotistas passariam.

Esse sistema, cujo ingresso se dará pela nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou do Saresp (sistema de avaliação paulista), responderá por 40% da meta de inclusão.

Dentro da meta, o porcentual de negros, pardos e indígenas deverá ser, também no mínimo, 35%, valor verificado para a população do Estado de São Paulo no Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de acordo com o projeto. As metas deverão ser atendidas ao longo de três anos a partir de 2014.

Estaduais

A Unesp é a primeira universidade estadual a decidir sobre o Pimesp. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a USP (Universidade de São Paulo) ainda devem decidir no primeiro semestre para que o programa possa a valer no próximo vestibular. 

O Conselho Universitário da instituição solicitará ao Cruesp (Conselho de Reitores das universidades estaduais) informações mais detalhadas sobre uma das estratégias propostas para atingir as metas: o Ices (Instituto Comunitário de Ensino Superior), que vai tocar o college. Em parceria com a Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), ele possibilitaria a oferta dos cursos superiores sequenciais, que atenderiam 40% do total das metas étnico-sociais. Essas informações, segundo o Conselho, seriam importantes para fundamentar o processo de discussão do Pimesp que continua ocorrendo nas Congregações da Unesp, ligadas às unidades.

A decisão da Unesp não cita a palavra cotas, assim como o próprio material divulgado pelo governo. No entanto, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), quando anunciou o projeto, garantiu que a ideia era a reserva de vagas para esses alunos.

Escola pública

Das três universidades estaduais paulistas, a Unesp é a que mais inclui alunos de escola pública. No vestibular de 2013, 41% dos ingressantes da Unesp vieram da rede pública -ainda não há dados de 2014. 

Na Unicamp, 33,3% dos calouros de 2014 vêm da rede pública. Na USP, o índice é de apenas 28,5%.

Ampliar

Veja a opinião dos ministros do STF sobre cotas raciais em universidades públicas10 fotos

10 / 10
26.abr.2012 - Presidente do STF, Carlos Ayres Britto: "Com essa decisão, o Brasil tem mais um motivo para olhar no espelho da história e não se corar de vergonha". Por unanimidade, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votaram nesta quinta-feira (26) a favor das cotas raciais em universidades públicas VEJA MAIS > Imagem: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

Avatar do usuário

Avatar do usuário

960

Compartilhe:

Ao comentar você concorda com os termos de uso

  • Todos
  • Mais curtidos
  • Escolha do editor
    Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
    Leia os termos de uso

    UOL Cursos Online

    Todos os cursos