Grupos pró-Rússia bloqueiam tanques do governo; tensão cresce na Ucrânia
Tanques e veículos blindados ucranianos foram bloqueados por civis pró-Rússia ao entrarem na cidade de Kramatorsk, no leste do país.
A ação das tropas ucranianas fazia parte de uma operação militar iniciada na terça-feira pelo governo do país para retomar o controle de áreas e locais ocupados por grupos separatistas.
Segundo correspondentes, ainda não se sabe quem detém o controle em Kramatorsk.
A repórter da BBC na cidade Olga Ivshina, disse que a população local estava "muito nervosa" quando o comboio militar chegou à cidade.
"Muitas pessoas não dormiam havia várias noites. Quando os veículos blindados apareceram, foram cercados rapidamente pelas pessoas. Alguns acusavam os soldados de 'agir contra seu próprio povo'", relatou Ivshina.
"'Somos pessoas de paz! Só queremos que nossas reivindicações sejam respeitadas', disse um homem da multidão".
Segundo Ivshina, os soldados estavam sentados nos veículos com rifles automáticos, com equipamento pronto para combate. "Só estamos obedecendo ordens, deixem-nos passar", disse o comandante, segundo Ivshina. "Não viemos aqui para lutar. Nunca atirarei no meu próprio povo."
'Novo muro de Berlim'
Em Donetsk, capital da região de mesmo nome, no leste do país, milicianos pró-Rússia tomaram a prefeitura.
Na terça-feira, forças ucranianas recapturaram uma base aérea militar no subúrbio de Kramatorsk. Mais tarde, veículos blindados levando bandeiras russas foram vistos circulando pelas ruas da cidade.
Em pronunciamento transmitido pela TV, o premiê interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, disse que a Rússia estava querendo construir um "novo muro de Berlim" no país, e exigiu que o país vizinho "parasse de dar apoio a terroristas na Ucrânia".
Em um telefonema com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Ucrânia foi colocada "à beira de uma guerra civil" depois que o governo interino anunciou o início de uma operação militar para recuperar o controle sobre áreas tomadas por grupos separatistas.
Autoridades ucranianas e representantes de países ocidentais acusaram a Rússia de estar incentivando e apoiando as ações de separatistas no leste do país, o que é negado por Moscou.
O chefe de inteligência antiterror da Ucrânia, general Vasyl Krutov, disse que indivíduos armados "com alto preparo técnico e profissional" estariam entrando na Ucrânia vindos da Rússia.
Segundo correspondentes, a anexação da Crimeia pela Rússia no mês passado foi precedida pela presença de homens uniformizados armados tidos como soldados russos - em maior número, entretanto, do que os homens vistos atualmente no leste da Ucrânia.
O Kremlin condenou a operação militar ucraniana lançada no leste como uma via "anticonstitucional de uso da força contra ações de protesto pacíficas".
A região testemunhou uma escalada de tensão nos últimos dias depois que grupos pró-Rússia tomaram prédios do governo em cerca de 10 cidades no leste da Ucrânia.
Em Londres, o ministro do Exterior britânico, William Hague, disse que a Rússia enfrentará "graves consequências de longo prazo" de continuar a "desestabilizar" a Ucrânia.
Os Estados Unidos disseram que estão "considerando seriamente" aumentar as sanções impostas contra a Rússia pós a anexação da Crimeia.
A ação das tropas ucranianas fazia parte de uma operação militar iniciada na terça-feira pelo governo do país para retomar o controle de áreas e locais ocupados por grupos separatistas.
Segundo correspondentes, ainda não se sabe quem detém o controle em Kramatorsk.
A repórter da BBC na cidade Olga Ivshina, disse que a população local estava "muito nervosa" quando o comboio militar chegou à cidade.
"Muitas pessoas não dormiam havia várias noites. Quando os veículos blindados apareceram, foram cercados rapidamente pelas pessoas. Alguns acusavam os soldados de 'agir contra seu próprio povo'", relatou Ivshina.
"'Somos pessoas de paz! Só queremos que nossas reivindicações sejam respeitadas', disse um homem da multidão".
Segundo Ivshina, os soldados estavam sentados nos veículos com rifles automáticos, com equipamento pronto para combate. "Só estamos obedecendo ordens, deixem-nos passar", disse o comandante, segundo Ivshina. "Não viemos aqui para lutar. Nunca atirarei no meu próprio povo."
'Novo muro de Berlim'
Em Donetsk, capital da região de mesmo nome, no leste do país, milicianos pró-Rússia tomaram a prefeitura.
Na terça-feira, forças ucranianas recapturaram uma base aérea militar no subúrbio de Kramatorsk. Mais tarde, veículos blindados levando bandeiras russas foram vistos circulando pelas ruas da cidade.
Em pronunciamento transmitido pela TV, o premiê interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, disse que a Rússia estava querendo construir um "novo muro de Berlim" no país, e exigiu que o país vizinho "parasse de dar apoio a terroristas na Ucrânia".
Em um telefonema com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Ucrânia foi colocada "à beira de uma guerra civil" depois que o governo interino anunciou o início de uma operação militar para recuperar o controle sobre áreas tomadas por grupos separatistas.
Autoridades ucranianas e representantes de países ocidentais acusaram a Rússia de estar incentivando e apoiando as ações de separatistas no leste do país, o que é negado por Moscou.
O chefe de inteligência antiterror da Ucrânia, general Vasyl Krutov, disse que indivíduos armados "com alto preparo técnico e profissional" estariam entrando na Ucrânia vindos da Rússia.
Segundo correspondentes, a anexação da Crimeia pela Rússia no mês passado foi precedida pela presença de homens uniformizados armados tidos como soldados russos - em maior número, entretanto, do que os homens vistos atualmente no leste da Ucrânia.
O Kremlin condenou a operação militar ucraniana lançada no leste como uma via "anticonstitucional de uso da força contra ações de protesto pacíficas".
A região testemunhou uma escalada de tensão nos últimos dias depois que grupos pró-Rússia tomaram prédios do governo em cerca de 10 cidades no leste da Ucrânia.
Em Londres, o ministro do Exterior britânico, William Hague, disse que a Rússia enfrentará "graves consequências de longo prazo" de continuar a "desestabilizar" a Ucrânia.
Os Estados Unidos disseram que estão "considerando seriamente" aumentar as sanções impostas contra a Rússia pós a anexação da Crimeia.
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