Crise política no Paraguai

Paraguai vai ao tribunal do Mercosul para defender sua permanência no bloco

Em Assunção

O Governo do Paraguai anunciou nesta sexta-feira que comparecerá ao Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul (TPR) na próxima semana para tentar restabelecer seus direitos no bloco, que foi suspenso temporariamente, assim como para revisar a entrada da Venezuela.

O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Fernández, em uma entrevista coletiva liderada pelo presidente Federico Franco, que compareceu acompanhado de seus ministros para expor os resultados de suas duas primeiras semanas de gestão.


"Vamos iniciar ações legais diante do Tribunal Permanente para restabelecer os direitos da República no Mercosul e analisar a incorporação da Venezuela, que nosso país considera que não se ajusta ao direito internacional e nem aos tratados", explicou o chanceler.

Franco, por sua parte, só garantiu que o Paraguai não tomará a decisão de abandonar o Mercosul, já que foi suspenso temporariamente por seus sócios, Brasil, Argentina e Uruguai, há uma semana.

"A decisão de sair do Mercosul não será uma decisão tomada neste Governo, muito ao contrário", disse Franco, cujo mandato como sucessor de Fernando Lugo termina somente dia 15 de agosto de 2013.

Em relação à suspensão decretada pela União de Nações Sul-americanas (Unasul) e a possível saída do Paraguai do bloco regional, o chanceler lembrou que já tinham respondido em comunicado que analisarão a possibilidade de continuar ou não na Unasul.

Além de defender a permanência do Paraguai no Mercosul, o ministro das Relações Exteriores agradeceu à Organização dos Estados Americanos (OEA) pela missão de observação que visitou Assunção no início desta semana e que foi liderada pelo secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza.

Sobre este tema, Fernandez ressaltou que a OEA emitirá seu relatório na próxima segunda-feira e que o Paraguai aguarda essa decisão com "esperança".

Franco, por sua vez, rejeitou a posição de Lugo de se mostrar a favor da suspensão do Paraguai neste órgão internacional.

"Este tipo de comentários faz um magro favor ao país, este é o momento da unidade (...). Respeito (a opinião), mas me oponho completamente", asseverou o atual presidente.

 

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