Franco diz que "golpista" foi o Mercosul ao suspender o Paraguai
O presidente do Paraguai, Federico Franco, declarou nesta segunda-feira (23) que o "golpista" foi o Mercosul ao suspender o Paraguai do bloco e qualificou de "nula" a entrada da Venezuela.
Ao término de uma celebração por seu 50º aniversário com crianças de um bairro de Villa Elisa, o líder paraguaio lembrou que "o Tratado do Mercosul diz que as decisões devem acontecer por unanimidade", informou a agência estatal "IP".
"Ao deixarem o Paraguai de fora, rompem um aspecto muito substancial" do tratado, assegurou.
O Paraguai foi suspenso temporariamente do Mercosul no último dia 29 de junho, em castigo pela "ruptura democrática" que, de acordo com Brasil, Argentina e Uruguai, aconteceu com a cassação de Fernando Lugo pelo Parlamento, uma semana antes.
Lugo foi sucedido pelo seu vice-presidente, Franco, com mandato até o dia 15 de agosto de 2013.
O Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul rejeitou no sábado passado a reivindicação apresentada pelo Executivo de Franco, que pedia um procedimento de urgência para revogar a suspensão do país e o ingresso da Venezuela no bloco.
Franco mencionou que uma das alternativas que resta ao Paraguai é recorrer à Corte Internacional de Haia, mas disse que será o governo que assumir em 2013 que tomará medidas no assunto.