Milhares de pessoas marcham contra a Copa no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, 12 jun (EFE).- Milhares de pessoas marcharam nesta quinta-feira no Rio de Janeiro em manifestação contra a organização da Copa antes do início do campeonato em São Paulo.

Uma manifestação reuniu professores, sindicatos, partidos políticos de esquerda, feministas e centenas de cidadãos anônimos em reivindicação por maiores investimentos em saúde e educação, em lugar de estádios de futebol.

Os ativistas se reuniram na Candelária e marcharam pela avenida Rio Branco, uma das principais artérias da capital fluminense, engarrafando o trânsito do centro em um momento em que muitas pessoas saem do trabalho para ver o jogo entre Brasil e Croácia, o primeiro do Mundial.

No final da manifestação, um grupo de centenas de pessoas se reuniu em uma praça da Lapa onde foram registrados incidentes isolados com a polícia, que dispersou os ativistas com gás de pimenta e deteve pelo menos três pessoas.

Durante o percurso da manifestação principal, que misturou tom festivo e reivindicativo, um grupo de mascarados queimou uma bandeira do Brasil e foram cantadas palavras de ordem contra a Fifa e contra o governo da presidente Dilma Rousseff.

A ativista Daniela Ouro Fino disse à Agência Efe que "a Copa não dá retorno financeiro ao país e sim para poucas empresas", enquanto a população brasileira "pagou a conta dos estádios e da isenção de impostos à Fifa e a seus patrocinadores".

"Estávamos muito orgulhosos de receber a Copa do Mundo, mas percebemos que a organização dos megaeventos, em todos os países-sede, está cheia de irregularidades e com pouquíssima transparência, já que é administrada por uma organização como a Fifa que reúne muito do pior que existe no mundo", afirmou Daniela.

No Rio estão convocados pelo menos outros dois protestos na praia de Copacabana, onde acontecerá o Fifa Fan Fest, recinto com uma tela gigante onde se retransmitem os partidos.

Hoje houve protestos em várias cidades do Brasil contra o Mundial e foram incidentes em São Paulo, onde duas jornalistas da "CNN" foram feridas na primeira manifestação do dia.

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