Panamá revoga vistos de norte-coreanos por declarações "contraproducentes"
Cidade do Panamá, 17 jul (EFE).- O governo do Panamá decidiu revogar os vistos concedidos nesta quarta-feira a diplomatas da Coreia do Norte para viajar ao país centro-americano pelo caso do navio norte-coreano retido com armas procedentes de Cuba, devido a "declarações contraproducentes" de Pyongyang.
"Vão revogar os dois vistos dos diplomatas por declarações contraproducentes" de seu governo, afirmou à Agência Efe uma fonte oficial panamenha.
O anúncio aconteceu horas depois que o chanceler Fernando Núñez assegurou que o Panamá tinha autorizado "dois vistos para representantes da República Popular Democrática da Coreia" para que viajassem ao país para "dar explicações ou inspecionar" o navio no qual foram encontradas as armas ocultas.
Em comunicado oficial emitido pela agência norte-coreana "KCNA", o governo da Coreia do Norte exigiu ao Panamá a liberação "sem demora" dos 35 tripulantes do cargueiro, que, segundo o governo panamenho, tentaram impedir a inspeção do navio.
"As autoridades panamenhas interceptaram precipitadamente e detiveram o capitão e a tripulação do navio sob o pretexto que se tratava de uma investigação para buscar drogas", detalhou o escritório.
Neste sentido, o regime de Kim Jong-un considera que ao não encontrar o que buscavam, as autoridades do canal justificaram "seu ato violento buscando outro tipo de carga dentro do navio", acrescentou.
O visto aos diplomatas norte-coreanos seria outorgado por meio da embaixada panamenha em Havana, já que o Panamá e a Coreia do Norte não têm nenhum tipo de relação direta em nível diplomático ou comercial.
A Secretaria de Comunicação da Presidência esclareceu em comunicado que o visto autorizado pela chancelaria horas antes "não é válido" e indicou que deviam ser tramitados pelo Ministério Público, "instituição encarregada das investigações do caso".
"Só o Ministério Público pode autorizar que cidadãos da República Popular de Coreia realizem inspeções no navio retido, razão pela qual o documento solicitado em nossa embaixada com esse fim não é um válido", acrescentou a carta oficial.
Em sua declaração, Pyongyang também minimizava a importância do equipamento bélico encontrado no navio, que qualificou de "obsoleto" e disse que seu envio correspondia a um "contrato legítimo".
Desde a segunda-feira passada, as autoridades panamenhas mantêm retida e submetendo a registro a embarcação "Chong Chon Gang", na qual foram encontradas ocultas em contêineres, e sob toneladas de açúcar, as armas, que ontem Havana disse que enviava a Coreia do Norte para serem reparadas e devolvidas à ilha caribenha.
A descoberta da carga bélica, que supostamente inclui baterias de mísseis antiaéreos, aviões caça e equipamentos militares, fez com que os Estados Unidos anunciassem que prestarão assistência às autoridades do Panamá para realizar a inspeção, à espera que a ONU se encarregue de avaliar a carga.
"Vão revogar os dois vistos dos diplomatas por declarações contraproducentes" de seu governo, afirmou à Agência Efe uma fonte oficial panamenha.
O anúncio aconteceu horas depois que o chanceler Fernando Núñez assegurou que o Panamá tinha autorizado "dois vistos para representantes da República Popular Democrática da Coreia" para que viajassem ao país para "dar explicações ou inspecionar" o navio no qual foram encontradas as armas ocultas.
Em comunicado oficial emitido pela agência norte-coreana "KCNA", o governo da Coreia do Norte exigiu ao Panamá a liberação "sem demora" dos 35 tripulantes do cargueiro, que, segundo o governo panamenho, tentaram impedir a inspeção do navio.
"As autoridades panamenhas interceptaram precipitadamente e detiveram o capitão e a tripulação do navio sob o pretexto que se tratava de uma investigação para buscar drogas", detalhou o escritório.
Neste sentido, o regime de Kim Jong-un considera que ao não encontrar o que buscavam, as autoridades do canal justificaram "seu ato violento buscando outro tipo de carga dentro do navio", acrescentou.
O visto aos diplomatas norte-coreanos seria outorgado por meio da embaixada panamenha em Havana, já que o Panamá e a Coreia do Norte não têm nenhum tipo de relação direta em nível diplomático ou comercial.
A Secretaria de Comunicação da Presidência esclareceu em comunicado que o visto autorizado pela chancelaria horas antes "não é válido" e indicou que deviam ser tramitados pelo Ministério Público, "instituição encarregada das investigações do caso".
"Só o Ministério Público pode autorizar que cidadãos da República Popular de Coreia realizem inspeções no navio retido, razão pela qual o documento solicitado em nossa embaixada com esse fim não é um válido", acrescentou a carta oficial.
Em sua declaração, Pyongyang também minimizava a importância do equipamento bélico encontrado no navio, que qualificou de "obsoleto" e disse que seu envio correspondia a um "contrato legítimo".
Desde a segunda-feira passada, as autoridades panamenhas mantêm retida e submetendo a registro a embarcação "Chong Chon Gang", na qual foram encontradas ocultas em contêineres, e sob toneladas de açúcar, as armas, que ontem Havana disse que enviava a Coreia do Norte para serem reparadas e devolvidas à ilha caribenha.
A descoberta da carga bélica, que supostamente inclui baterias de mísseis antiaéreos, aviões caça e equipamentos militares, fez com que os Estados Unidos anunciassem que prestarão assistência às autoridades do Panamá para realizar a inspeção, à espera que a ONU se encarregue de avaliar a carga.