Coreia do Norte liberta turista dos EUA que estava preso no país

De Seul (Coreia do Sul)

  • Kyodo/Reuters

    Soldado veterano dos Estados Unidos Merrill Newman (à frente), que ficou detido por mais de um mês na Coreia do Norte sob acusação de espionagem, chega ao aeroporto de Pequim, após ser libertado

    Soldado veterano dos Estados Unidos Merrill Newman (à frente), que ficou detido por mais de um mês na Coreia do Norte sob acusação de espionagem, chega ao aeroporto de Pequim, após ser libertado

A Coreia do Norte anunciou de surpresa neste sábado (7) a libertação de Merrill Newman, o cidadão americano que foi preso no dia 26 de outubro durante uma visita turística ao país, através da agência estatal de notícias "KCNA".

A nota emitida afirmou que as instituições competentes do regime deportaram Newman, de 85 anos, para os Estados Unidos considerando "um ponto de vista humanitário" e devido ao "seu sincero arrependimento" pelo crime cometido -a Coreia do Norte o acusou de espionagem- e a "sua avançada idade e estado de saúde".

Newman, um veterano da Guerra da Coreia (1950-1953), ficou preso no país durante mais de um mês porque supostamente tentou contato com soldados com quem tinha treinado durante o conflito há mais de 60 anos.

Uma nota emitida pela "KCNA" no dia 30 de novembro explicava que Newman admitiu ter tentado contato com sobreviventes da chamada "Unidade Kuwol", uma guerrilha treinada durante o conflito para realizar atividades subversivas na Coreia do Norte.

Também era acusado de "atentar contra a soberania" da Coreia do Norte por ter usado material de leitura que criticava o regime comandado por Kim Jong-un.

Atualmente, outro cidadão americano de origem coreana, Kenneth Bae, permanece preso na Coreia do Norte.

Bae, um pastor evangélico que trabalhava como agente de viagens na região chinesa perto da fronteira com a Coreia do Norte, foi detido em novembro de 2012 na zona econômica especial de Rason (nordeste do país).

No dia 30 de abril, Bae foi condenado pela Corte Suprema norte-coreana a 15 anos de trabalhos forçados por violar o artigo 60 da Constituição do país, o que implica cometer um crime com o objetivo "de derrubar o regime".

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