Ataques a acampamento opositor na Tailândia deixam 2 mortos e 21 feridos
Pelo menos duas pessoas morreram e 21 ficaram feridas por causa de vários ataques contra o acampamento antigovernamental instalado nas cercanias do Monumento para a Democracia em Bancoc, informaram nesta quinta-feira (15, data local) os serviços médicos.
Vários homens montados em uma caminhonete branca abriram fogo nesta madrugada contra o pessoal de segurança e manifestantes na intersecção de Khok Hwa.
Cinco minutos depois do tiroteio, duas granadas M79 foram lançadas contra o acampamento do grupo antigovernamental.
Os mortos e 19 dos feridos foram vítimas do primeiro incidente, segundo o jornal "Bancoc Post".
Com estas já são 27 as pessoas que morreram, além dos 800 feridos, desde que as manifestações antigovernamentais ganharam força e começaram as invasões de ministérios no dia 25 de novembro de 2013.
O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, vice-primeiro-ministro com o Partido Democrata entre 2008 e 2011, instou o Senado e a Corte Suprema a nomear um novo primeiro-ministro, depois que o Tribunal Constitucional forçou a renúncia da chefe do Executivo, Yingluck Shinawatra, e nove ministros em um caso de abuso de poder.
Os manifestantes exigem que, antes da realização de novos pleitos, aconteça um reforma do sistema político que consideram corrupto e a serviço dos interesses do ex-primeiro-ministro, Thaksin Shinawata, irmão mais velho de Yingluck, que em 2008 foi condenado à revelia a dois anos de prisão por corrupção e vive no exílio.
Por sua parte, os chamados "camisas vermelhas", unidos na organização civil Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura e partidários do governo, ameaçaram começar uma guerra civil se perdessem seus direitos democráticos.
A Tailândia se arrasta em uma grave crise desde o golpe militar que derrubou Thaksin em 2006.