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Jeb Bush garante que política externa de Obama fortaleceu Cuba e Irã

19/05/2015 00h13

Miami, 18 mai (EFE).- O ex-governador da Flórida, Jeb Bush, que desponta como candidato à presidência dos Estados Unidos pelo partido republicano, garantiu nesta segunda-feira que os únicos dois países que "melhoraram" com a política externa de Barack Obama foram "Cuba e Irã".

Bush, que anunciou em janeiro sua intenção de "explorar" suas possibilidades como candidato à Casa Branca nas eleições de 2016, participou em Miami (EUA) de um novo ato público, ao lado de sua esposa, a mexicana Columba, e em uma área onde predominam os cubanos.

O político republicano garantiu que Obama falhou na hora de "apoiar as pessoas que estão sendo perseguidas".

"Necessitamos de líderes que reconheçam que a presença dos Estados Unidos no mundo não é perigosa, mas, de fato, necessária", disse o irmão do ex-presidente George W. Bush.

Além disso, o caçula da família Bush fez um chamado para o "fortalecimento militar" do país. "Os terroristas islamitas estão criando uma grande instabilidade não só na região, mas em nosso país. Eles são uma grande ameaça", disse.

"Quando nós somos fortes, o mundo está mais seguro", declarou o político republicano, que ressaltou que "a paz através do fortalecimento é o que traz segurança".

Jeb Bush foi muito crítico com a restauração dos laços diplomáticos com Cuba, anunciada em dezembro pelo presidente Obama, um gesto que considerou um "passo em falso".

Bush, que ainda não oficializou sua candidatura, fez nas últimas semanas alguns discursos pelo país focados em questões de política externa.

Na semana passada, o republicano acabou se envolvendo em uma polêmica ao afirmar que teria invadido o Iraque, assim como fez seu irmão, mesmo sabendo que o regime de Saddam Hussein não possuía armas de destruição em massa.

No entanto, dias depois teve que esclarecer diante da pressão dos meios de imprensa que "não apoiaria a guerra, sabendo o que sabemos agora".

No discurso de hoje, Bush também aproveitou para criticar o "aumento" de impostos durante o atual governo e para reforçar a necessidade de se regulamentar um sistema de imigração "que não funciona", mas sem oferecer mais detalhes.

Até agora, seis republicanos anunciaram formalmente sua intenção de concorrerem à candidatura presidencial do partido: os senadores Rand Paul, Ted Cruz e Marco Rubio, além do ex-governador Mike Huckabee, o neurocirurgião aposentado Ben Carson e Carly Fiorina, ex-conselheira delegada da Hewlett-Packard.