Sai original, entra falsificado: quadrilha roubou 170 livros raros

Uma quadrilha foi presa sob acusação de roubar pelo menos 170 livros raros de bibliotecas europeias. A Europol (agência policial da União Europeia) diz que os suspeitos usaram um sofisticado esquema de "clonagem", trocando os originais por cópias falsificadas. O prejuízo é estimado em 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 14 milhões).

O que aconteceu

Sete suspeitos foram presos na última quarta-feira (24) em diferentes países europeus. Quatro estavam na Geórgia, um na Estônia, um na França e um na Lituânia. Outras duas pessoas supostamente ligadas ao esquema estão presas desde novembro do ano passado na França. Todos são cidadãos da Geórgia.

Pelo menos 170 livros foram roubados pela quadrilha entre 2022 e 2023, segunda a Europol. Além do prejuízo milionário, a polícia europeia cita que alguns livros roubados têm um "valor patrimonial imensurável".

Os roubos foram cometidos na República Checa, Finlândia, Estônia, Suíça, Polônia, França, Alemanha e Lituânia. A França foi a primeira a denunciar. Na sequência, outros países repararam que livros e manuscritos raros haviam desaparecido.

Os suspeitos chegaram a se passar por acadêmicos para retirar os livros raros das bibliotecas. Com os objetos em mãos, faziam cópias de "qualidade impressionante".

Depois, voltavam à biblioteca para devolver a cópia falsificada e ficavam com o verdadeiro.

A quadrilha também roubou livros sem deixar cópias no lugar.

Maioria dos títulos roubados era de autores russos. Entre os autores estão Alexander Pushkin e Nikolai Gogol.

Títulos eram revendidos em leilões realizados na Rússia. Isso, segundo a Europol, torna os livros praticamente impossíveis de se recuperar.

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