Mais um candidato a deputado federal é assassinado no México

Cidade do México, 2 jun (EFE).- Miguel Ángel Luna, candidato a deputado federal pelo Partido da Revolução Democrática (PRD) pelo Vale de Chalco, no Estado do México, foi assassinado a tiros nesta terça-feira depois que sua casa foi invadida por um grupo de desconhecidos.

A Procuradoria Geral de Justiça do Estado do México (PGJEM) confirmou em comunicado que os primeiros relatórios apontam que Luna se encontrava em um imóvel que aparentemente utilizava como casa de campanha na colônia Xico, no Vale de Chalco.

"Depois da agressão, o lesionado foi transferido até o hospital Fernando Quiroz, do Instituto de Saúde do Estado do México, onde se registrou sua chegada sem sinais vitais", diz a nota.

O assassinato de Luna ocorre uma semana depois dos homicídios de José Salvador Méndez, coordenador de campanha do candidato a deputado pelo PRI em Zacatlán (Puebla), Lorenzo Rivera, e de Israel Hernández na Cidade do México, coordenador da candidata a deputada local do PRI, Aida Beltrán.

Pouco antes, em 14 de maio, Enrique Hernández, candidato do Movimento Regeneração Nacional a vereador de Yurécuaro, Michoacán, foi assassinado em uma praça onde realizava um comício, enquanto Héctor López, candidato do PRI a prefeito no município de Huimanguillo, Tabasco, morreu também pelo impacto de balas.

Em março houve outro assassinato, o da aspirante a candidata do PRD à Prefeitura de Ahuacuotzingo (Guerrero), Aidé Nava, decapitada supostamente por um grupo do crime organizado.

Há quatro dias, o conselheiro presidente do Instituto Nacional Eleitoral (INE), Lorenzo Córdova, assegurou que as campanhas para as eleições de 7 de junho transcorreram dentro do previsto, apesar da violência.

"No contexto adverso a normalidade eleitoral transita por leitos previstos", disse Córdova, que considerou que os ataques aos candidatos foram isolados, embora tenha reconhecido ser impossível menosprezar fatos como a morte de alguns deles.

No próximo domingo, 83 milhões de mexicanos estão convocados às urnas para escolher 1.996 cargos públicos, entre eles 500 deputados federais e os governadores de nove estados.