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Chefes militares de Rússia e EUA conversam após reunião de Putin e Obama

30/11/2015 16h28

Moscou, 30 nov (EFE).- Os chefes de Estado-Maior da Rússia e dos Estados Unidos abordaram nesta segunda-feira por telefone a luta contra o Estado Islâmico (EI) pouco depois que os presidente russo, Vladimir Putin, e americano, Barack Obama, se reunissem a portas fechadas em Paris.

"Foram discutidos assuntos relacionados com as ações da Rússia e da coalizão internacional liderada pelos EUA na luta contra o Estado Islâmico na Síria", informou o Ministério da Defesa russo.

O general russo Valeri Guerasimov e o americano Joseph Dunford "decidiram continuar os contatos bilaterais" depois da conversa realizada por iniciativa americana, acrescentou a fonte, segundo a imprensa russa.

Esta reunião aconteceu pouco depois que Putin e Obama conversassem na capital francesa sobre a luta contra o jihadismo e a solução do conflito sírio.

Putin aceitou pela primeira vez coordenar as ações militares russas na Síria com a França e com a coalizão dos EUA depois de se reunir na quinta-feira passada em Moscou com o presidente francês, François Hollande.

"Trata-se de determinar os territórios nos quais se pode lançar ataques e aqueles nos quais é melhor abster-se de efetuar bombardeios", disse na ocasião.

Desde sua última reunião há duas semanas na Cúpula do G20 na cidade turca de Antália, Obama pediu que Putin centrasse os ataques de sua aviação na Síria nas posições do Estado Islâmico e não em fortalecer o regime de Bashar al Assad.

A reunião de hoje foi a primeira entre ambos líderes desde o incidente de 24 de novembro com o caça russo derrubado pela Turquia na fronteira com a Síria, que causou um grave conflito diplomático entre Moscou e Ancara.

Putin ordenou a imposição de sanções econômicas contra a Turquia depois que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se negou a pedir formalmente desculpas pela derrubada do avião.

Obama e a Otan apoiaram o direito da Turquia a defender seu território e instaram a Rússia a se abster de missões aéreas perto da fronteira turco-síria, mas pediram que ambos países normalizem suas relações.