Uruguai chega a acordo com farmácias para venda de maconha
O Instituto de Regulação e Controle de Cannabis (Ircca) do Uruguai e as associações de farmácias do país alcançaram um "acordo de entendimento" sobre as "condições de funcionamento" da venda de maconha em seus estabelecimentos, prevista para meados deste ano, informou nesta sexta-feira (11) o órgão oficial.
O acordo fornece "um marco de adesão para as farmácias que voluntariamente participem do mesmo" para comercializar esta substância, além de "aspectos do operacional de armazenamento do produto de maneira segura", explicou o Ircca através de um comunicado.
Este acordo é uma antecipação antes de passar a uma segunda etapa na qual serão concretizados aspectos como a gestão de pedidos e de entregas das unidades de produção aos pontos de venda, o controle de armazenamento e as condições de qualidade, segundo a informação divulgada.
Fontes da Junta Nacional de Drogas (JND) consultadas pela Agência Efe afirmaram que se trabalhava há tempos neste acordo e que a segunda instância de trabalho está próxima de ser definida.
A lei que despenaliza a produção e compra e venda de maconha foi impulsionada pelo governo de José Mujica (2010-2015) e aprovada pelo parlamento em dezembro de 2013 como forma de acabar com o negócio do narcotráfico e transformou o Uruguai em pioneiro neste enfoque da luta antidrogas.
O país já licitou duas empresas para a produção de cannabis recreativa e, segundo as previsões do governo, entre o final do primeiro semestre de 2016 e o começo do segundo começará a venda legal de produção nacional desta substância nas farmácias.
Para poder adquirir maconha de forma legal - que será vendida a um preço próximo de R$ 4 o grama - tanto o estabelecimento como o usuário deverão figurar em um registro nacional.
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