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Obama defende sua presença em jogo de beisebol após atentados de Bruxelas

22/03/2016 18h45

Washington, 22 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu sua presença nesta terça-feira em amistoso de beisebol em Havana depois dos atentados de Bruxelas porque, segundo disse, de outro modo estaria seguindo a vontade dos terroristas.

"Sempre é um desafio quando ocorre um atentado terrorista em qualquer parte do mundo (...) Você quer ser respeitoso e entender a gravidade da situação, mas toda a base do terrorismo se sustenta na tentativa de alterar a vida normal das pessoas", afirmou Obama à rede de televisão americana "ESPN" enquanto via a partida entre a seleção cubana e o Tampa Bay Rays, equipe da Flórida.

Neste sentido, lembrou o momento em que o jogador de beisebol dominicano David Ortiz, do Boston Red Sox, afirmou na televisão antes de um jogo após os atentados da maratona de Boston de 2013: "Ninguém vai determinar nossa liberdade. Sejamos fortes".

"Esse é o tipo de resistência e de força que devemos continuar mostrando diante destes terroristas. Eles não podem derrotar os EUA", acrescentou Obama.

O presidente americano justificou assim sua decisão perante as críticas de vários pré-candidatos presidenciais republicanos, como o governador de Ohio, John Kasich, e o senador Ted Cruz, de que deveria ter retornado imediatamente aos EUA após saber da gravidade dos atentados da Bélgica, cuja autoria foi assumida pelo Estado Islâmico (EI).

Obama viu o início do amistoso de beisebol entre a seleção de Cuba e o Tampa Bay junto com sua esposa, Michelle, e o presidente cubano, Raúl Castro, no final de sua histórica visita à ilha caribenha, a primeira em mais de oito décadas de um governante americano à ilha.

Tanto Obama como Castro se uniram ao minuto de silêncio realizado no Estádio Latino-Americano de Havana no início do jogo em lembrança às vítimas dos atentados de Bruxelas.