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Austrália proíbe relações sexuais entre ministros e subalternos

5.jul.2016 - O vice-primeiro-ministro Barnaby Joice (esq.) olha para o primeiro-ministro Malcolm Turnbull (dir.) durante encontro com a imprensa em Sydney, Austrália - William West/ AFP
5.jul.2016 - O vice-primeiro-ministro Barnaby Joice (esq.) olha para o primeiro-ministro Malcolm Turnbull (dir.) durante encontro com a imprensa em Sydney, Austrália Imagem: William West/ AFP

Sydney (Austrália)

15/02/2018 08h04

O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, anunciou nesta quinta-feira (15) que proibiu as relações sexuais de ministros com subalternos, uma medida que é tomada após o escândalo protagonizado pelo vice-primeiro-ministro, Barnaby Joyce.

"Hoje acrescentei às normas (ministeriais) uma disposição clara e inequívoca: os ministros, sem importar se são casados ou solteiros, não podem manter relações sexuais com sua equipe. Fazê-lo constituirá uma violação às normas", disse o governante, líder do Partido Liberal.

"Não estou aqui para pregar moral", acrescentou o premiê aos jornalistas em Camberra, ao esclarecer que é preciso "reconhecer que é inaceitável que em 2018 os ministros tenham relações sexuais com alguém que trabalha para ele".

Turnbull disse que Joyce cometeu "um erro de julgamento contraproducente", em relação ao romance que mantém com sua ex-assessora de imprensa, Vikki Campion, com quem espera um bebê, em um caso que a imprensa revelou na semana passada.

Joyce, líder do Partido Nacional, aliado tradicional do Partido Liberal, se separou em 2017 de Natalie Abberfield, com quem se casou em 1993 e tem quatro filhos, e foi um dos defensores dos valores da família durante a campanha para a legalização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo no ano passado.

A forma com a qual Joyce, de 50 anos, levou sua relação com Campion, de 33 anos, e o fim do seu casamento foram questionados por alguns membros do Partido Nacional por terem prejudicado a imagem de uma legenda que representa o setor conservador e rural.

O Senado australiano aprovou hoje uma moção simbólica, apoiada pelos opositores Partido Trabalhista e Partido Verde, que pede a renúncia de Joyce.