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Venezuela nega acusação dos EUA de que descumpre política de combate às drogas

8.dez.2020 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante entrevista coletiva à imprensa - Manaure Quintero/Reuters
8.dez.2020 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante entrevista coletiva à imprensa Imagem: Manaure Quintero/Reuters

Da EFE

17/09/2021 03h54Atualizada em 17/09/2021 07h42

O governo da Venezuela rejeitou com "veemência" a "prática ilegítima" dos Estados Unidos, que incluiu o país na lista proibida de nações que, na opinião de Washington, não cumprem seus compromissos internacionais contra o narcotráfico, e acusou as autoridades americanas de pretenderem ser uma "polícia supranacional".

"A Venezuela rejeita veementemente a prática ilegal e ilegítima dos Estados Unidos de se fazer passar por uma polícia supranacional de Estados soberanos e independentes, refletida neste memorando sobre os principais países produtores de drogas ilícitas ou países importantes de trânsito de drogas para o ano fiscal de 2022", diz o comunicado divulgado nesta quinta-feira pelo chanceler Félix Plasencia.

O memorando foi enviado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao seu secretário de Estado, Antony Blinken.

O documento inclui uma lista de 22 países, que segundo Washington "não reflete necessariamente os esforços antidrogas de seus governos ou o nível de cooperação com os EUA".

De todos eles, como nos últimos anos, os Estados Unidos apenas "descertificam" a Bolívia e a Venezuela por comprovadamente falharem — de acordo com Washington — com suas obrigações sob os compromissos internacionais de combate às drogas nos últimos 12 meses.

A este respeito, o comunicado divulgado pela Venezuela considera que este memorando "viola os princípios fundamentais do direito internacional público, como o respeito soberano mútuo, a independência política, a igualdade jurídica e a não intervenção nos assuntos internos".

Além disso, considera também ser "violento" o que qualifica como "princípio fundamental das relações jurídicas e éticas internacionais", o da boa fé.

A Venezuela sustenta que "o governo dos Estados Unidos persiste em sua intenção inadequada de bancar o gendarme antidrogas mundial na medida em que sua balança de pagamentos se baseia no maior centro de lavagem de dinheiro - derivado das drogas - do planeta".

"A Venezuela cumpre rigorosamente as disposições das convenções internacionais de controle de substâncias psicotrópicas e entorpecentes. Nosso país é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um país livre de cultivos ilícitos", acrescentaram.