Confrontos na capital deslocam 210 mil pessoas na República Centro-Africana
A equipe da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) na República Centro-Africana (RCA) informou esta semana que cerca de 210 mil pessoas foram obrigadas a deslocar-se nas últimas duas semanas por causa da violência em Bangui, capital do país.
"Nossa equipe tem relatado tiroteios e um clima de medo generalizado na cidade", disse o representante do ACNUR. Ele acrescentou que na última segunda-feira (16), na periferia da cidade, "nos deparamos com cerca de 40 mil pessoas que saíram de suas casas nos dias 5 e 6 de dezembro e até agora não puderam voltar devido aos conflitos".
Para escapar dos combates e da insegurança, no último fim de semana, centenas de pessoas fugiram de barco pelo rio Oubangui, em Zongo, na República Democrática do Congo, apesar de a fronteira estar oficialmente fechada e de correrem o risco de serem alvejados nos tiroteios. Pela contagem oficial, 1.815 pessoas chegaram a Zongo, aumentando para 3.292 o total de refugiados da República Centro-Africana que chegou de barco desde 5 de dezembro.
Muitos dos recém-chegado relataram ter testemunhado atrocidades, incluindo assassinatos, roubos e invasão de casas. Eles disseram ao ACNUR que algumas pessoas acampadas no aeroporto de Bangui também planejavam atravessar para Zongo.
"No aeroporto de Bangui, tivemos de suspender temporariamente a distribuição de ajuda por causa dos incidentes de segurança, que estão relacionados com a violência sectária", disse o representante do ACNUR no país.
Mais violência foi reportada na cidade de Bossangoa, cerca de 400 quilômetros a noroeste de Bangui. Oficiais de segurança das Nações Unidas informaram que durante o fim de semana as milícias roubaram lojas e queimaram casas na parte norte da cidade, área de ampla maioria muçulmana.
Cerca de 5.600 pessoas já foram deslocadas pelos novos embates entre as forças de defesa anti-Balaka e os rebeldes do grupo Seleka. Os novos deslocados estão se juntando aos outros 4 mil abrigados na já lotada Escola Liberté.
"Ouvimos relatos sobre ataques a cristãos pelos Seleka, com saques, assassinato e casas incendiadas. Além da escola, desde setembro 40 mil pessoas estão abrigadas na igreja católica Bossangoa", disse o porta-voz do ACNUR.
Há relatos de tensões entre membros da força de paz africana e grupos rebeldes, que estão resistindo ao desarmamento. Os militantes se recusam a entregar armas, como ferramentas de agricultura e facões.
O ACNUR está extremamente preocupado com a presença de homens armados nos locais de abrigo. A agência tem pedido para que as tropas francesas e africanas intensifiquem as patrulhas nos bairros mais problemáticos.
As tensões também permanecem em Paoua, a 130 km de Bossangoa, nas imediações de Beboura, onde centenas de civis têm se abrigado no mato.
Mais de 710 mil pessoas já deixaram suas casas desde o início da crise atual, há um ano. Outros 75 mil buscaram refúgio nos países da região.
"Nossa equipe tem relatado tiroteios e um clima de medo generalizado na cidade", disse o representante do ACNUR. Ele acrescentou que na última segunda-feira (16), na periferia da cidade, "nos deparamos com cerca de 40 mil pessoas que saíram de suas casas nos dias 5 e 6 de dezembro e até agora não puderam voltar devido aos conflitos".
Para escapar dos combates e da insegurança, no último fim de semana, centenas de pessoas fugiram de barco pelo rio Oubangui, em Zongo, na República Democrática do Congo, apesar de a fronteira estar oficialmente fechada e de correrem o risco de serem alvejados nos tiroteios. Pela contagem oficial, 1.815 pessoas chegaram a Zongo, aumentando para 3.292 o total de refugiados da República Centro-Africana que chegou de barco desde 5 de dezembro.
Muitos dos recém-chegado relataram ter testemunhado atrocidades, incluindo assassinatos, roubos e invasão de casas. Eles disseram ao ACNUR que algumas pessoas acampadas no aeroporto de Bangui também planejavam atravessar para Zongo.
"No aeroporto de Bangui, tivemos de suspender temporariamente a distribuição de ajuda por causa dos incidentes de segurança, que estão relacionados com a violência sectária", disse o representante do ACNUR no país.
Mais violência foi reportada na cidade de Bossangoa, cerca de 400 quilômetros a noroeste de Bangui. Oficiais de segurança das Nações Unidas informaram que durante o fim de semana as milícias roubaram lojas e queimaram casas na parte norte da cidade, área de ampla maioria muçulmana.
Cerca de 5.600 pessoas já foram deslocadas pelos novos embates entre as forças de defesa anti-Balaka e os rebeldes do grupo Seleka. Os novos deslocados estão se juntando aos outros 4 mil abrigados na já lotada Escola Liberté.
"Ouvimos relatos sobre ataques a cristãos pelos Seleka, com saques, assassinato e casas incendiadas. Além da escola, desde setembro 40 mil pessoas estão abrigadas na igreja católica Bossangoa", disse o porta-voz do ACNUR.
Há relatos de tensões entre membros da força de paz africana e grupos rebeldes, que estão resistindo ao desarmamento. Os militantes se recusam a entregar armas, como ferramentas de agricultura e facões.
O ACNUR está extremamente preocupado com a presença de homens armados nos locais de abrigo. A agência tem pedido para que as tropas francesas e africanas intensifiquem as patrulhas nos bairros mais problemáticos.
As tensões também permanecem em Paoua, a 130 km de Bossangoa, nas imediações de Beboura, onde centenas de civis têm se abrigado no mato.
Mais de 710 mil pessoas já deixaram suas casas desde o início da crise atual, há um ano. Outros 75 mil buscaram refúgio nos países da região.
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