Chevron diz que novo vazamento no Brasil é diferente do anterior
A Chevron, segunda maior companhia de petróleo dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (21) que o petróleo do último vazamento no campo do Frade, na bacia de Campos (litoral do Rio), não está relacionado quimicamente ao ocorrido em novembro.
Chevron divulga imagens de vazamento
Testes feitos pela IPEX-Brazilian Petroleum Expertise Co. mostraram que o petróleo possui características químicas diferentes das registradas no vazamento de novembro do ano passado e que não possui traços de "lama" de perfuração, o que significa que ele não é residual do caso de novembro, disse o porta-voz da companhia, Kurt Glaubitz, em resposta enviada por e-mail à questões da Reuters.
O petróleo da rachadura encontrada este mês, que totalizou cerca de 1 barril, também é de um tipo mais pesado que o petróleo do poço de exploração que vazou em novembro, disse a Chevron.
Mancha diminui
Um sobrevoo realizado nesta terça-feira pela Marinha do Brasil indicou que a mancha da "fina camada de óleo na área de Frade", está sendo reduzida, segundo nota da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na segunda-feira, a ANP informou que filmagens submarinas constataram cinco pontos ao longo de uma fissura de 800 metros, de onde se observava "o aparecimento de gotículas de óleo, em uma vazão reduzida".
Também na segunda-feira, o procurador do Ministério Público que acompanha o caso disse que a Chevron não tem como parar vazamento. A empresa suspendeu temporariamente a produção no Brasil.
A ANP informou ainda que foi realizada nesta terça-feira uma reunião do Comitê de Avaliação formado pela agência, Chevron, Petrobras e Frade Japão, tendo o Ministério de Minas e Energia como observador --Petrobras e Frade Japão são sócias da Chevron no campo. "Foi pedido às concessionárias o aprofundamento dos estudos sobre a área em que foi identificado afloramento no dia 15 de março", disse a ANP em nota.