Obama corta o próprio salário em solidariedade a servidores federais

Em Washington

  • Reuters/Jason Reed

    O presidente do Estados Unidos, Barack Obama

    O presidente do Estados Unidos, Barack Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende devolver 5% do seu salário, num gesto de solidariedade com funcionários públicos federais que terão de sair de licença não remunerada por causa de cortes orçamentários que entraram em vigor no mês passado.

A redução voluntária no salário presidencial é retroativa a 1º de março, quando começou o chamado "sequestro orçamentário", e irá vigorar até o fim de dezembro, segundo uma fonte do governo.

Obama ganha US$ 400 mil (R$ 808 mil) por ano. Um porta-voz disse que o presidente decidiu abrir mão de 5%, ou US$ 20 mil (R$ 40.500), porque isso será semelhante aos cortes em órgãos públicos não ligados à defesa.

Barack Obama
Barack Obama

"O presidente decidiu que, para partilhar essa parcela no sacrifício que está sendo feito por servidores públicos de todo o governo federal afetados pelo sequestro, ele irá contribuir com uma porção do seu salário, devolvendo-a ao Tesouro", disse o porta-voz Jay Carney a jornalistas que acompanhavam o presidente ao Colorado e à Califórnia.

Reino Unido decide reajustar o 'salário' da rainha em 20%

  • AFP Photo/Chris Radburn

    A rainha Elizabeth 2ª, cuja imagem estampa toda nota de libra esterlina, receberá mais cédulas para ver o próprio rosto a partir deste ano.

    A monarquia ganhou ontem um aumento de 20% em sua verba anual, que passou para 36,1 milhões de libras, ou cerca de R$ 110 milhões. Tudo livre de impostos.

Antes, o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, já havia anunciado que devolverá uma parcela do seu salário equivalente ao pagamento que funcionários civis do Pentágono deixarão de receber.

Hagel vai devolver o equivalente a 14 dias de salário, cerca de US$ 10.750 (R$ 21.700), disse seu porta-voz na terça-feira.

A decisão de Obama foi originalmente noticiada pelo jornal "The New York Times".

O sequestro orçamentário de US$ 85 bilhões (R$ 172 bilhões) foi originalmente concebido para ser uma solução tão drástica que forçaria os políticos a buscarem outra solução para reduzir o trilionário deficit público dos EUA.

Mas Obama não cedeu na sua insistência em aumentar a arrecadação tributária para evitar os cortes, algo rejeitado pelos republicanos, que em janeiro já haviam aceitado relutantemente um aumento de impostos para os ricos.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos