Dilma diz que ação de mascarados é "barbárie" e pede ação da Justiça


Pedro Fonseca

Protestos se espalham pelo Brasil
Protestos se espalham pelo Brasil

A presidente Dilma Rousseff cobrou nesta quarta-feira (30) que a Justiça e os órgãos responsáveis impeçam a ação violenta de manifestantes mascarados, que tem ocorrido nos últimos meses principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, e considerou esses atos uma barbárie.

ENTENDA O BLACK BLOC

O "black bloc" ("bloco negro") não é um grupo específico de manifestantes, mas sim uma forma violenta de agir adotada por manifestantes que se dizem anarquistas.

A tática "black bloc" consiste em "causar danos materiais às instituições opressivas". Na prática: depredar estabelecimentos privados --agências bancárias entre eles-- e pichar paredes.

"Eu defendo qualquer manifestação democrática, agora, sem sombra de dúvidas, eu acredito que a violência dos mascarados não é democrática, é antidemocrática, uma barbárie, e acho que tem que ser contida", disse Dilma em entrevista por telefone a rádios do Paraná, Estado que visitou na véspera para anunciar investimentos em mobilidade urbana.

"É necessário que tanto a Justiça como os órgãos responsáveis coíbam essa violência, garantindo à população que não haja nem violência física contra pessoas nem ataques ao patrimônio público ou privado", acrescentou.

Dilma já havia criticado no fim de semana a ação de grupos conhecidos como "black blocks", que atuam mascarados e cometem depredações nas ruas e frequentemente entram em confronto com a polícia.

Em sua conta no Twitter, a presidente prestou solidariedade no sábado a um coronel da Polícia Militar que foi agredido em São Paulo, e disse que as forças de segurança têm a "obrigação de assegurar que as manifestações ocorram de forma livre e pacifica".

Os manifestantes mascarados têm atuado em diferentes protestos pelo país desde as enormes manifestações de junho em diversas cidades, que reuniram mais de 1 milhão de pessoas em um único dia de protestos.

Os "black blocks" travaram diversos confrontos com a polícia do Rio de Janeiro nas últimas semanas durante manifestações de professores por aumento de salário, e também estiverem presentes nos protestos contra o leilão da área petrolífera de Libra, realizado na capital fluminense, na última semana.

Em São Paulo, o grupo foi responsabilizado pela polícia por agredir um coronel da PM durante manifestação do Movimento Passe Livre, no centro da cidade, na semana passada.

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