Ex-premiê de Israel é condenado a 6 anos de prisão por corrupção

Rami Amichai

Em Tel Aviv (Isarel)

  • Jack Guez/Xinhua

    O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert no Tribunal Distrital de Tel Aviv

    O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert no Tribunal Distrital de Tel Aviv

O ex-primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert foi sentenciado a seis anos de prisão nesta terça-feira por aceitar subornos em um negócio imobiliário, um crime considerado pelo juiz como equivalente a traição. Ele também foi multado em 1 milhão de shekels (US$ 289.500).

A primeira condenação criminal de um ex-chefe de governo israelense, entretanto, não encerrou a especulação de que Olmert - um político de centro internacionalmente reconhecido por trabalhar para a paz com os palestinos - possa retornar à vida política.

Ele negou qualquer ilegalidade no negócio imobiliário, aprovado quando era prefeito de Jerusalém e que levou à construção das torres de apartamento Holyland, uma grande edificação de pedra tida com uma das mais feias da cidade. "Um servidor público que aceita suborno é semelhante a um traidor", disse o juiz David Rozen na Corte Distrital de Tel Aviv.

Rozen considerou Olmert culpado em 31 de março de duas acusações de suborno, afirmando que o ex-primeiro-ministro havia aceitado 500 mil shekels (US$ 144 mil) de incorporadores imobiliários do projeto Holyland e 60 mil shekels em um outro negócio.

Olmert, disse o juiz, devotou a maior parte de seu tempo a um serviço público "digno de elogio" - mas "também encheu os próprios bolsos".

Olmert terá que se apresentar para prisão em 1º de setembro, efetivamente dando a seus advogados tempo para levar o caso a uma corte superior e a encaminhar um pedido de que ele permaneça livre até que essa corte julgue o caso.

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