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Número de vítimas de minas terrestres aumenta no mundo por ação de militantes

Uma montanha de minas terrestres que os soldados iemenitas disseram ter coletado nos últimos dois meses, em Al Haifa, no Iêmen - Tyler Hicks/The New York Times
Uma montanha de minas terrestres que os soldados iemenitas disseram ter coletado nos últimos dois meses, em Al Haifa, no Iêmen Imagem: Tyler Hicks/The New York Times

Oslo (Noruega)

27/11/2019 14h29

O saldo global de vítimas de minas terrestres dobrou em 2018 em relação a uma baixa de 2013 devido aos conflitos no Afeganistão, Síria e Mali, e sobretudo devido ao uso maior de minas terrestres improvisadas instaladas por grupos militantes, como o Estado Islâmico.

Representantes de nações afetadas, organizações não governamentais e países doadores estão reunidos em Oslo nesta semana para debater como alcançar o objetivo declarado de livrar o mundo das minas terrestres em 2025.

Minas terrestres mataram ou feriram cerca de 6.897 pessoas em 2018, de acordo com o relatório Monitor de Minas terrestres da Campanha Internacional para Proibir Minas terrestres. Cerca de 71% das vítimas foram civis, e deste mais da metade eram crianças, disse.

Em 2018, a maioria das baixas se deveu a artefatos explosivos improvisados instalados por grupos não estatais, acrescentou o relatório.

O menor número registrado globalmente foi de 3.457 baixas em 2013.

A ministra das Relações Exteriores norueguesa, Ine Eriksen Soereide, disse que, para se reduzir o saldo de baixas, é necessário interagir com elementos não estatais, reconhecendo que é "muito difícil" fazê-lo.

O Iraque é o país mais contaminado por minas terrestres, em parte por causa das minas instaladas pelo Estado Islâmico para defender o território que chegou a controlar no Iraque e na Síria.

"Isso foi feito em escala industrial. O Estado Islâmico tinha linhas de produção, colocavam números de série nos artefatos", disse Portia Stratton, diretora de Iraque da MAG, uma organização não governamental britânica que trabalha no norte iraquiano.