Império Serrano e Imperatriz são rebaixadas para o Grupo de Acesso no Rio

As escolas Império Serrano e Imperatriz Leopoldinense foram rebaixadas e desfilarão no Grupo de Acesso do Carnaval do Rio de Janeiro no ano que vem. A apuração aconteceu hoje na Marquês de Sapucaí.
O Império Serrano --que escapou do rebaixamento em 2018 por causa de uma virada de mesa, com a decisão da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) de não rebaixar nenhuma escola-- ficou em último lugar, com 263,8 pontos. O homenageado pela escola foi Gonzaguinha, mas por meio de uma música, a clássica "O que É, o que É?".
Já a Imperatriz, que está há 18 anos sem saber o que é vencer o Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, ficou em penúltimo, com 266,6 pontos.
A Estação Primeira de Mangueira foi coroada campeã com 270 pontos. O samba-enredo "História para ninar gente grande", do carnavalesco Leandro Vieira, trouxe luz em personagens importantes que praticamente não foram abordados pelos livros de história, como Dandara, Luiza Mahin e Sepé Tiaraju.
Problemas na avenida
O Império Serrano realizou um desfile descrito como problemático. Desde antes de entrar na avenida, a escola já causou polêmica por causa de seu samba. A agremiação homenageou o cantor Gonzaguinha por meio da canção "O que É, o que É?", incorporando sua letra e música ao enredo. A impressão que ficou é de que a agremiação poderia estar negando o conceito de samba-enredo, o que gerou desconforto e até protestos da ala de compositores da própria escola.
A escola, que enfrentava problemas financeiros, trouxe carros que remetiam ao afresco "A Criação de Adão", de Michelangelo, e outro que mostrava pessoas dentro de um labirinto, representando as difíceis escolhas que são necessárias ao longo da vida. Entretanto, as alegorias e fantasias tiveram falhas de acabamento.
O resultado foi implacável: o Império não conseguiu uma nota 10 sequer em nenhum dos quesitos avaliados.
É a crise
A Imperatriz Leopoldinense fez uma brincadeira com a crise financeira, com inspiração na clássica Marchinha "Me Dá um Dinheiro Aí". Até a crise das escolas de samba foi alvo da escola.
Personagens fictícios como Robin Hood, Tio Patinhas e o Professor Raimundo surgiram na avenida e até Grazi Massafera fez uma participação como rainha de bateria. Mas era só de mentirinha: a atriz gravava cenas da próxima novela das 19h da Globo. Ela fez cenas com a bateria da escola ainda no primeiro recuo, antes do começo do desfile. A escola também trouxe um gigantesco Navio Negreiro, que parecia flutuar na Sapucaí.
Porém, um carro da escola, que trazia a figura de Rei Midas, teve problemas na avenida e acabou quebrando. Uma cordinha foi usada para ligar as partes quebradas do carro.
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