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Alberto Bombig

REPORTAGEM

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Com Michelle, Bolsonaro conquista voto de evangélicos indecisos

 Presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em culto evangélico - Reprodução
Presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em culto evangélico Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

09/08/2022 16h40

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As aparições e manifestações cada vez mais frequentes de Michelle Bolsonaro associando as eleições brasileiras a temas ligados à religião estão relacionadas à estratégia adotada pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) de massificar seu voto entre os evangélicos para voltar a crescer nas pesquisas.

Segundo apurou a coluna, o presidente é o principal entusiasta dessa estratégia que prevê, neste momento, maximizar seu voto evangélico, principalmente, entre os eleitores desse segmento que se encontram indecisos ou tentam escapar da atual polarização Lula versus Bolsonaro.

Com o forte tom religioso imposto à campanha por ele e pela primeira-dama, Bolsonaro está conquistando todos os votos dos eleitores evangélicos que até agora não se identificavam nem com Lula (PT) nem com ele. É o que mostra a mais recente pesquisa Genial/Quaest.

Entre os eleitores que se declararam evangélicos, Bolsonaro foi de 34% para 48% das intenções de voto entre janeiro último e este mês. Nesse mesmo segmento, caiu de 21% para 11% os que se declararam simpáticos a outros candidatos que não fossem Lula nem o presidente.

Ou seja, Bolsonaro subiu entre os evangélicos tirando votos da chamada "terceira via" e de Lula, que caiu de 35% em janeiro para 29% neste mês. O petista, porém, está estável nesse patamar desde junho. Segundo a Quaest, 11% dos eleitores que se declaram evangélicos ainda estão indecisos ou não sabem em que votar.

Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para dizer que Lula "entregou sua alma para vencer essa eleição". Começaram a ser frequentes da campanha falas desse tipo da primeira dama. De um modo geral, a mais recente pesquisa Genial/Quest trouxe boas notícias para o presidente.